Cultura, Turismo, Esporte e Lazer
Postado em 17 de dezembro de 2013 as 10:36:00
Crianças e adultos, gente simples e consagrados autores teatrais, todos admiram e reconhecem o sucesso do Natal da Cidade
Os mínimos detalhes do tradicional presépio, que ornamenta a Casa Régis Pacheco e compõe os elementos do Memorial do Reisado, atraíram a atenção do pequeno Bruno, de 4 anos. Agradaram-no as pequenas figuras em movimento, que aliam a universalidade dos signos natalinos ao regionalismo da cultura popular. O garoto se encantou, ainda, com a pequena cascata, também em constante movimento. “Foi muito legal”, sintetizou Bruno.
Já a menina Evely, 6, também se sentiu atraída pelas dimensões do presépio, que, além de cumprir sua função natural – reproduzir a clássica cena do nascimento de Jesus Cristo –, ainda brinda qualquer observador com as miniaturas e plantas tropicais que complementam a cena e compõem um equilíbrio entre tradição e liberdade criativa.
Bruno e Evely foram ao Memorial do Reisado no final da tarde desta segunda-feira, 16, levados por suas mães – a servidora pública municipal Deigiane Ramos e a secretária Rosângela Apolocena, respectivamente. Deigiane aproveitou a tarde de folga para ver de perto os ornamentos preparados pela Prefeitura, a fim de compor o cenário da 17ª edição do Natal da Cidade. Ela e o filho percorreram o interior do Memorial e as pequenas edificações erguidas na rua em frente. Deigiane não deixou de notar a iluminação da Praça Tancredo Neves. “Está muito bem feita, organizada e bonita”, registrou. “É muito proveitoso as pessoas poderem vir à praça, desfrutar, passear com a família e trazer os filhos. É um espaço para visitar”.
A secretária Rosângela também manifestou sua aprovação pela decoração do Memorial, que ela costuma visitar todos os anos. “A cada ano que passa, eles colocam alguns detalhes diferentes. Gosto de observar tudo direitinho. Acho que a cidade merece”, disse, após sair da Casa Régis Pacheco, já por volta das 18h. “A Prefeitura está de parabéns, em termos de organização. A iluminação da praça está perfeita. Vou ficar até um pouquinho mais tarde, até acenderem as luzes, porque quero conferir os detalhes”.
‘Lindo, maravilhoso’ – Assim que encerrou seu expediente, também quando já se aproximava das 18h, o pedreiro Djalma Silva apanhou a filha Thamires, 7 anos, e a ex-esposa, Joselina, para visitar o Memorial do Reisado. A família circulou pelo quintal da histórica casa e analisou, um por um, os 17 minipresépios que concorrem, por meio do voto popular, às premiações do concurso que é realizado pela Prefeitura desde 2009. Djalma, naturalmente, gostou especialmente de um deles e depositou seu voto na urna disponível ao público visitante. “Ficou lindo, maravilhoso. Eu me apaixonei. Pena que não vou poder levar um desses presépios para mim…”, lamentou, entre risos.
Autores do ‘Auto da Gamela’ reverenciam ‘os encantos de um presépio vivo e atual’ no que descrevem como uma ‘iniciativa extraordinária’ da Prefeitura
Já quando anoitecia, o Memorial recebeu a visita de Carlos Jehovah e Esechias de Araújo, autores do “Auto da gamela”. O texto, publicado em 1980 pela editora José Olympio, foi aclamado pela crítica literária e, desde então, já foi encenado em vários estados brasileiros. Ciceroneados pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Gildelson Felício, os dois também conheceram de perto tanto o presépio principal quanto os que disputam o concurso.
As dimensões dos festejos natalinos, ponto central do Natal da Cidade, foram sintetizadas por Jehovah. “É um momento de encantos e mistérios que, há dois mil anos, se repetem na cultura popular, nas atividades musicais e na descoberta, a cada ano e a cada século, de um novo Cristo”, disse o autor. “Nós, em Vitória da Conquista, temos a oportunidade de reverenciar os encantos do presépio vivo e atual, como este que nós estamos presenciando aqui”.
‘Magnitude’– Esechias observou detidamente cada um dos minipresépios, e se disse encantado pelas diferentes maneiras de retratar a mesma cena clássica. “Estamos percebendo que cada um traz a mensagem a partir da ótica do artista. Todos eles têm uma peculiaridade. Cada um faz a leitura desta data importantíssima para a humanidade, de uma maneira muito especial e muito própria”, avaliou. “De fato, é uma iniciativa extraordinária da Prefeitura. É uma coisa para ser explorada pelo turista, tamanha a magnitude da beleza e do projeto em si”.