“A juventude precisa de iniciativas como esta para fomentar o que ela produz, e para participar e criar cada vez mais”, disse uma participante de Salvador

Quando se fala a respeito do sucesso de um evento como o Festival da Juventude, já em sua segunda edição, é preciso que se atente para um detalhe: a abertura oficial, cuja cerimônia foi realizada na tarde desta sexta-feira, 10, no Centro de Convenções Divaldo Franco, reuniu um público superior a 4 mil pessoas. A diversidade da plateia que esteve lá – e também do público geral que participará das demais atividades, até o domingo, 12 – é a mesma a caracterizar a programação do evento, que alia espetáculos musicais de qualidade a debates sobre questões importantes da agenda atual.

Stéfany Ferreira Silva, estudante de Almenara-MG

A estudante Stéfany Silva, 16 anos, veio de Almenara-MG, a cerca de 340 quilômetros de Vitória da Conquista, junto com um grupo de colegas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. Segundo ela, a notícia de que haveria uma palestra ministrada pelo escritor Ariano Suassuna despertou o interesse da turma inteira.

“Todos nós da sala somos fãs dele. Isso despertou o nosso interesse. Procuramos saber mais sobre o festival e gostamos do conteúdo que iria ter. Acreditamos que esta seria uma oportunidade de enriquecimento cultural para nós. Vamos passar tudo isso para o restante das pessoas da nossa escola”.

Wellington Ferreira, de Salvador-BA

Wellington Ferreira é músico, poeta e escritor. Atualmente, trabalha na Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), em Salvador. Foi da capital baiana que ele se deslocou para Vitória da Conquista, a fim de participar do Festival da Juventude. Wellington define sua produção artística como inserida numa “linha anticapitalista”, e acredita que a experiência do festival pode influir em seu trabalho na universidade.

“Eu sempre quis agregar a minha experiência acadêmica à minha formação cultural e popular, que é da música. E foi isso o que me trouxe aqui. Não só a questão cultural, mas essa mobilização, essa coisa de o próprio estudante participar. É isso o que faz a construção do país acontecer. Fazer cultura, hoje, é trazer para dentro da universidade as pessoas que ainda estão fora dela. E a cultura é isso, ela vem de fora para dentro. É com essa perspectiva que sempre pensei a música, a cultura e a academia. A Uneb nos deu a chance de fazer isso. É por isso que estamos aqui, para congregar com todos esses estudantes e ver em que podemos contribuir e o que podemos aprender”.

Gerusa Sobreira, de Salvador-BA

Gerusa Sobreira também veio de Salvador, onde atua ao lado de Wellington na Gerência de Apoio à Cultura e às Ciências, setor da Pró-Reitoria de Extensão da Uneb. A ideia de “congregação” da juventude também foi o que a atraiu na segunda edição do Festival da Juventude.

“A juventude, hoje, precisa cada vez mais de iniciativas como esta para fomentar o que ela produz, e também para que ela participe e crie cada vez mais. Então, a partir desta programação diversa e rica, nós nos sentimos atraídos pelo festival. E, sobretudo, por fazermos parte desta gerência da Pró-Reitoria de Extensão da Uneb. Isso vai nos auxiliar no nosso trabalho diário com os estudantes”.