O Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cidca) e o Complexo de Escuta Protegida receberam, nesta semana, estudantes do curso de Direito da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) para uma visita técnica. A atividade teve como objetivo possibilitar que os alunos conhecessem de perto as rotinas e os serviços ofertados nos equipamentos, contribuindo para sua formação profissional e aproximando-os das políticas públicas voltadas à infância e adolescência.

Durante a visita, os estudantes participaram de uma apresentação expositiva sobre a implementação da Lei da Escuta Protegida (Lei 13.431/2017) em Vitória da Conquista. O processo resultou na construção do Complexo de Escuta Protegida e na elaboração do Fluxo e do Protocolo Unificado de Atendimento Integrado a Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência, desenvolvidos com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Childhood Brasil.

Jerry

A apresentação dos espaços foi conduzida pelo coordenador da Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente (Radca), Jerry Lavelle, que ressaltou a importância do contato dos futuros profissionais com as políticas voltadas à infância e adolescência. “É fundamental que os estudantes conheçam como funcionam, na prática, os mecanismos de proteção integral a crianças e adolescentes. O Cidca e o Complexo de Escuta Protegida são resultados de um esforço coletivo entre diferentes instituições, que possibilitam um atendimento mais qualificado, humanizado e intersetorial às crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência”, destacou Jerry.

Responsável por articular a visita, o professor Carlos Públio, do curso de Direito da Uesb, reforçou a relevância da atividade para a formação dos estudantes. “A visita aproxima os alunos daqueles conhecimentos que já foram vistos em sala de aula. Quando eles vêm para cá, compreendem como cada órgão funciona. No campo da infância e adolescência, as políticas foram construídas sob outra lógica, e estar aqui os ajuda a perceber como esse trabalho acontece em rede, com um serviço dialogando com o outro”, explicou.

O estudante do sétimo semestre, Isaque Santos, visitou o espaço pela primeira vez. “Achava que era apenas um local de acolhimento, mas é muito mais que isso. É um espaço totalmente preparado para atender cada uma das especificidades das crianças. Em especial, o Complexo de Escuta Protegida é incrível, pois tudo é pensado para que a criança se sinta segura, sem precisar reviver os traumas que sofreu”, relatou.