Autor do gol de empate, o centroavante Buba chegou aos oito gols e garantiu também o troféu de artilheiro da competição

Time do Maru tentou pressionar o Beira-Mar

Precisando correr atrás do resultado, já que perdera o primeiro jogo da final por 1 a zero, o time do Maru até que tentou pressionar o Beira-Mar no primeiro tempo. Conseguiu um gol aos nove minutos de jogo, após um rápido contra-ataque pela esquerda que resultou num cabeceio bem-sucedido de Juninho. No entanto, a equipe esbarrou num time que se impôs taticamente. De posse da vantagem do empate, a equipe do bairro Santa Terezinha conseguiu empatar a partida no início do segundo tempo, num chute certeiro do centroavante Buba – o oitavo dele no campeonato – isolado de longe na artilharia.

Meia atacante Mateus

Assim, com o empate em 1 a 1 na manhã do último domingo, 21, no Estádio Municipal da Zona Oeste, o Beira-Mar conquistou o título de campeão do Campeonato Municipal de Futebol Amador. “Nosso time se impôs no segundo tempo. Voltamos determinados, com garra de vencer e buscar o título. Fomos para cima e conseguimos fazer o gol”, disse o meia-atacante Mateus, após a partida.

Centroavante Buba

O autor do gol de empate, Buba, não conseguiu conter a emoção. Após marcar, correu para o alambrado e comemorou junto com o pai, Nilson Paulista. “Ele me falou no intervalo para eu ter forças, que eu ia fazer o gol e para que eu corresse para onde ele estava. Fui lá para agradecer pelo incentivo”, contou o centroavante. Ex-jogador profissional, Nilson atuou como cabeça-de-área no time do Serrano nos anos 80. Sabe bem, portanto, o que passava pela cabeça do filho quando se dispôs a incentivá-lo. “É gratificante você ver seu filho atuando e fazendo um gol que pode dar o título ao Beira-Mar”, afirmou. “Sei que ele é muito cobrado por ser filho de um ex-atleta profissional”.

Rildo Santana, técnico

O título foi o segundo conquistado pelo Beira-Mar. A equipe também havia sido campeã na edição de 2011 do torneio. A primeira conquista chegou após uma campanha invicta, da mesma forma que a deste ano. O técnico Rildo Santana, que também foi o responsável por treinar o Beira-Mar no primeiro título, tornou-se, então, bicampeão. “Foi bem equilibrado, mas nosso time se sobressaiu. Valeu a dedicação dos jogadores”, comemorou Rildo, que, além da disciplina e do empenho tático, também não deixou de recorrer a outras estratégias: durante o jogo, ele garante que vestiu a mesma camisa que usara na final de 2011.

A festa nas arquibancadas

Torcida fez questão de prestigiar a final do campeonato

‘Amor ao esporte’ – Equilibrado dentro de campo, o jogo foi acompanhado das arquibancadas por torcedores que costumam ser fiéis ao Campeonato Municipal de Futebol Amador. Do lado do Maru, havia até torcida organizada, que cumpriu com afinco o ritual de incentivar o time e descarregar no juiz a frustração pelas decepções do jogo.

Professor Amaral

Um dos mais animados era o professor de muay thai José Marques Ribeiro, o “Amaral”. Ele contou que se casara no dia anterior e, ao invés de curtir a lua-de-mel, preferiu ir ao “Murilão” para prestigiar o time, no qual já jogou. “Minha esposa é compreensiva. É um time que ajudei a fundar, no qual eu joguei”, exultou “Amaral”.

Monique Cajaíba e família

A estudante de psicologia, Monique Cajaíba, levou boa parte da família – cerca de quinze pessoas – ao estádio para torcer pelo Maru. O grupo, que mora no bairro Brasil, compareceu a todos os jogos da equipe no campeonato. “Nossa iniciativa é para participar dos jogos e juntar as famílias e os amigos para se divertir”, disse Monique, que, mesmo após o empate do Beira-Mar, ainda confiava numa reação do Maru. “Pelo fato de eles se destacarem, acabamos tendo afinidade com o time”, explicou.

Mariana Prates

Durante o jogo, a estudante Mariana Prates, 17 anos, dividiu suas atenções entre o filho Enzo, de 7 meses, e o sobrinho Gustavo, de 2 anos. Enquanto isso, ainda conseguia acompanhar a atuação dos jogadores do Beira-Mar – em especial de seu marido, o meia-atacante Mateus. “Vim por amor ao esporte. Gosto muito de futebol, e também porque meu esposo joga”, disse a jovem. “E é também um incentivo para o nosso filho. Entre tantas coisas, existe o esporte, que tira tanta gente das drogas e ocupa a cabeça dos jovens”, acrescentou Mariana, que vive com o marido e o filho na Urbis 6.

Leonésio Moreira

‘Integração’ – A Liga Conquistense de Desportos Terrestres (LCDT) promove o Campeonato Municipal de Futebol Amador há mais de cinqüenta anos. E para isso, conta com uma série de apoios, entre os quais uma intensa parceria com a Prefeitura de Vitória da Conquista. “A LCDT sempre foi parceira da Prefeitura na realização deste campeonato. O apoio é fundamental. Sem isso, não teríamos como fazer este torneio”, disse Leonésio Moreira, o presidente da entidade, que exaltou ainda o nível técnico da competição: “Foram jogos equilibradíssimos”.

Nagib Barroso entrega para Buba troféu de artilheiro da competição

O secretário municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Nagib Barroso, destacou as políticas públicas da Administração Municipal no bairro Bruno Bacelar, onde o Murilão está localizado. “É um bairro com creche, escola, Serviço de Referência da Assistência Social, posto de saúde, saneamento básico, enfim. Toda a infraestrutura e as políticas públicas estão neste bairro. Além de cuidar do aspecto social, o Governo Municipal incentiva a parte lúdica e esportiva para fazer uma melhor integração da sociedade”, disse Nagib, que também acompanhou o jogo das arquibancadas.

Juarez Júnior

‘Festa bonita’ – As características e o comportamento dos torcedores, vindos de vários bairros da cidade e não apenas do Bruno Bacelar, chamaram a atenção do coordenador municipal de Esportes, Juarez Júnior. “Isto é o resumo de uma festa bonita que só o esporte pode proporcionar. Uma festa pacífica, alegre, em que as pessoas se deslocam para ver um belo espetáculo. O esporte tem essa força de agregar, de unir”, avaliou o coordenador.

Também presente ao jogo, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Vasconcelos, exaltou a presença já consolidada que a competição tem, junto à população. “O futebol amador é uma paixão”, disse Vasconcelos. “Foi um campeonato excelente, e uma final linda, com a Prefeitura e a Câmara apoiando. Com isso, ganha a população, que está se divertindo, participando de um momento de lazer, entretenimento e saúde”, finalizou.

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