Na quinta-feira, 17, o Centro de Referência da Mulher Albertina Vasconcelos (Crav) deu prosseguimento às atividades do Agosto Lilás com o Papo Ativo “Conhecer e Transformar: Nossa Luta é pela Vida de Todas”, que foi realizado no próprio Crav e na Zona Rural, no povoado de Baixão.

No Crav, as atividades aconteceram no período da manhã e da tarde. Pela manhã, o diálogo aconteceu com um grupo de mulheres atendidas pelo Cras Nova Cidade e à tarde, a equipe do Crav recebeu um grupo intergeracional, composto por mulheres que fazem parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo do Cras Pedrinhas e um grupo de idosas do Centro de Convivência do Idoso.

Já no povoado de Baixão o encontro foi mediado pela assistente social do Crav, Daniella Cardoso, que usou de abordagens lúdicas como encenações de teatro e jogos para ensinar um pouco sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência aos quais as mulheres estão mais vulneráveis e como o Crav e os demais órgãos públicos podem atuar no acolhimento dessas mulheres.

Para Daniella, assistente social do Crav, essas rodas de conversa são momentos valiosos para compartilhar informações e promover a conscientização sobre os direitos das mulheres e a importância de combater a violência de gênero. “Através de abordagens lúdicas e interativas, conseguimos transmitir conhecimento de forma acessível e envolvente, incentivando as participantes a se empoderarem e buscarem ajuda quando necessário. É fundamental que as mulheres conheçam seus direitos e saibam onde encontrar apoio e acolhimento em situações de violência”, afirmou a assistente social.

Arlane de Souza, uma das mulheres que participou da ação no Crav, relatou que o encontro foi muito esclarecedor. “Acho importante aprender mais sobre como o machismo nos afeta e como nós mulheres precisamos buscar os nossos direitos”. No povoado de Baixão, Maria da Paz, uma das lideranças quilombolas que esteve presente durante as atividades, relatou que o diálogo é uma forma de alertar as mulheres que muitas vezes nem sequer se dão conta de que são vítimas de violência. “Nem sempre as informações chegam à zona rural. Então, quando participamos desses encontros sempre repassamos para as outras pessoas que não puderam estar aqui e assim formamos uma rede de apoio”, relatou Maria.