Diego se preparou desde a primeira gestação da esposa para auxiliá-la da melhor maneira na tarefa de amamentar Analu, Maria Flor e, agora, Lis (Foto: Arquivo Pessoal)

Pai de três meninas, o fotógrafo destaca: “Apoio Lily exercendo, de fato, a paternidade”

Quando o assunto é amamentação, os homens, obviamente, pensam: “Mas se meu corpo não produz leite, o que eu tenho a ver com isso?”. E a resposta é: tudo! Isso porque a amamentação pode ser um desafio para muitas mães, pelos mais variados motivos, como lidar com o cansaço diário e emocional e conciliar o trabalho e o cuidado da casa e de outros filhos.

Daí que o pai pode exercer um papel fundamental nessa nova dinâmica familiar que a chegada do bebê proporciona e contribuir, assim, para o sucesso do aleitamento materno. Ciente disso é que o fotógrafo Diego Áquila exemplifica a importância do apoio paterno para a amamentação. Ao lado da também fotógrafa, Lily Sampaio, ele é pai de Analu (10 anos), Maria Flor (6) e Lis (de pouco mais de 20 dias de vida).

“Acredito que apoiar a mulher neste momento faz toda diferença. Com Lis, a amamentação tem sido mais tranquila porque a gente já tem certa experiência nessa questão por conta das outras duas filhas. Mas com a primeira, foi um pouco difícil e sempre busquei ser muito participativo”, afirma Diego, que se informava sobre o que era necessário para auxiliar a esposa na amamentação.

Segundo Lily, inclusive, “se houvesse algum método para estimular o ‘aleitamento paterno’, Diego certamente estaria amamentando também”, brinca. “Ele vibra com o fato de Lis mamar muito bem, de eu ter muito leite e me apoia muito. No início mesmo, quando tive aquelas fissuras, aquela dorzinha, ele estava ali ao meu lado, segurava minha mão e falava que ia passar, que eu era forte”, lembra.

“Casal que amamenta” é primordial para que as mulheres sigam firmes no aleitamento materno, afirmam pesquisadores (Foto: Arquivo Pessoal)

“Nossa! Até criar aquele hábito dela estar amamentando demorou um pouco. Então, quando eu via Lily sentindo dor, aquilo doía em mim também. Ficava com pena por não poder compartilhar aquela dor com ela, afinal de contas, a filha também é minha”, conta Diego.

Segundo pesquisadores, esse amparo que só um “casal que amamenta” estabelece é primordial para que as mulheres amamentem por mais tempo. Fato comprovado por Lily. “Ter ele sempre ao meu lado, me dando esse apoio foi importante para que eu continuasse firme para cumprir minha meta do aleitamento exclusivo até o sexto mês e seguir amamentando até os dois anos de idade as minhas duas filhas mais velhas”, reforçou Lily.

Tanto é assim que Analu mamou até os 2 anos e 3 meses e Maria Flor até 1 ano e 8 meses. E Lis deve seguir o mesmo caminho das irmãs.

Lis deve seguir o mesmo que as irmãs que seguiram com a amamentação, com a introdução alimentar, até mais de 1 ano de vida (Foto: Arquivo Pessoal)

Além disso, ser “companheiro nas atividades e necessidades de Lis”, como assegura Lily, também faz diferença na amamentação. Isso porque o pós-parto, normalmente, é um momento bem cansativo para a mulher. “Diego é pai de verdade, desde a gestação, acompanhando nos ultrassons, nas consultas médicas, conversando com o bebê ainda na barriga. E quando Lis nasceu ele continuou com esse papel”.

“Não me sinto superpai por isso. A filha também é minha. Aqui é assim: a tarefa existe, precisa ser feita, então quem estiver mais livre faz. E acho que é dessa forma que a apoio: participando, sendo pai”, destacou Diego.

A parceria na realização das tarefas é fundamental (Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente, o excedente de leite produzido por Lily é doado para o Banco de Leite Humano do Esaú Matos que realiza, até o dia 25, o Agosto Dourado. O evento conscientiza sobre a importância do aleitamento materno e tem como tema “Amamentação é a base da vida”. Confira a programação: