Cultura
Postado em 30 de junho de 2014 as 11:44:23
Cerca de mil pessoas cantaram, dançaram e vibraram durante as apresentações dos grupos de quadrilha
Embora o São João propriamente dito já tenha passado, resquícios do clima dos festejos juninos ainda permanecem presentes entre a população de Vitória da Conquista. Talvez tenha sido isso o que motivou quase mil pessoas a passarem toda a tarde e ainda parte da noite desse domingo, 29, na quadra poliesportiva do antigo Colégio Diocesano.
Ali, o público acompanhou a final do Festival Regional de Quadrilhas Juninas, este ano em sua 7ª edição.O evento é promovido e coordenado pela Prefeitura Municipal, em parceria com a União Estudantil de Vitória da Conquista (UEVC).
Tradição preservada – Foi a primeira vez que Gérson Morais dos Santos assistiu ao festival. No entanto, a convivência com os festejos juninos, e particularmente com as quadrilhas, é algo que ele já está habituado, embora tenha lidado diretamente com isso pela última vez há mais de 20 anos. Foi em 1993, quando a quadrilha “Xodó”, formada por pessoas dos bairros Brasil e Urbis V, e tendo Gérson como marcador, conquistou o segundo lugar num concurso realizado no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima.
Nesse mesmo ano, Gérson viajou para São Paulo, onde morou por 20 anos. Retornou a Vitória da Conquista em 2013, e já pensa em retornar à rotina de quadrilheiro. “Sou muito interessado nesse assunto, porque já fui marcador”, disse Gérson, que hoje trabalha como gerente numa loja que comercializa aparelhos de ar-condicionado. “Gosto muito de preservar essa tradição, e pretendo, ano que vem, lançar a minha quadrilha”, explicou.Sua esposa, Maria Rodrigues, afirmou que foi bom, para o casal, sair de casa, em plena tarde de domingo, para ver as apresentações dos grupos de quadrilha. “Vale sempre a pena manter essas tradições”, enfatizou.
Cultura – Outro casal, o contador Leandro Oliveira e a promotora de vendas Letícia Pacheco, também quis ver de perto as evoluções dos grupos. “Gosto de quadrilha e gosto de cultura”, explicou Leandro, acrescentando que também serviu como atrativo o fato de um amigo do casal fazer parte de um dos grupos concorrentes, o Marujos do Abdias. “Vim prestigiá-lo”, disse. Mas o convite para ir ao festival, na verdade, partiu mesmo de Letícia. “É bonito, é interessante e fala sobre cultura. E é uma diversão para nós”, justifica a promotora de vendas.
‘Divertimento’ – O festival veio a calhar também para a aposentada Ivanyr Maria Fernandes, 66 anos. Ela trabalhou durante 30 anos como servidora da Prefeitura de Vitória da Conquista, entre 1969 e 1999. Na tarde de domingo, ao lado da filha, da neta, da irmã e da cunhada, demonstrou que, ao assistir à apresentação das quadrilhas, a conclusão dos festejos de São João acionou uma parte de sua memória. “Hoje não, por causa da idade. Mas já dancei muito. É a melhor festa que tem no ano”, observou. “Vale a pena, é um divertimento e a gente vê muita coisa maravilhosa. É algo que a gente só vê de ano em ano. Então, esta oportunidade é muito boa”, finalizou Ivanyr.