Desenvolvimento Rural
Postado em 3 de agosto de 2018 as 17:35:33

A palestra “O cultivo da mandioca e as vantagens do cultivo da variedade Poti Branca”
Na última quinta feira (02) foi apresentada aos moradores do Povoado de Lagoa da Visão, zona rural de Vitória da Conquista, a palestra “O cultivo da mandioca e as vantagens do cultivo da variedade Poti Branca”. O objetivo foi apresentar novas variedades da planta, além de diferentes técnicas baseadas em pesquisas acadêmicas. A palestra teve como público-alvo pequenos produtores de mandioca da região e contou com o apoio da Prefeitura Municipal, através da Coordenação de Promoção Agropecuária.

O coordenador de promoção agropecuária, Eduardo Castro
O coordenador de promoção agropecuária, Eduardo Castro, salientou a importância de trazer a pesquisa acadêmica para as áreas rurais mais longínquas. “A Prefeitura entra com esse auxílio ao produtor, levando tanto a estrutura quanto o conhecimento, para que ele não abandone uma cultura tão importante quanto a da mandioca”, conta. Ele ainda ressalta que a seca constante é o grande desafio do produtor. “Por isso a importância da palestra, para introduzir novas variedades que dependem menos de água para o cultivo e técnicas para o cultivo da mesma”, explica.
Para Eduardo, a palestra é o primeiro passo de um projeto ainda maior da Secretaria de Agricultura, em parceria com as instituições de ensino. “Temos a pretensão de ampliar essa parceria não apenas para a mandiocultura, mas também para projetos de ovino e caprinocultura nas áreas rurais da cidade, sempre em parceria com as universidades”, complementa.

A iniciativa dos professores do departamento de Fitotecnia do curso de Agronomia da Uesb, Anselmo Viana e Sandro Lopes, surgiu a partir da preocupação com as baixas no cultivo da mandioca na região.
O professor Anselmo Viana, que também trabalha com a pesquisa da mandioca há mais 30 anos, diz que experiências bem-sucedidas com as variedades apresentadas na palestra foram notadas no município de Cândido Sales. Falou ainda sobre a imprescindível troca de informações entre os pesquisadores e os produtores e que o grande desafio consiste na continuidade do trabalho. “É uma cultura muito adaptável. Porém, por uma série de fatores, a produção de mandioca caiu drasticamente ao longo de 40 anos em Conquista. Daí a importância de se estabelecer um trabalho contínuo e de introdução de outras técnicas, bem como a escolha de variedades adaptáveis para cada região”, destacou.

Para o professor Sandro Lopes, há um grande interesse da população em conhecer novas técnicas a esse respeito. Ele ainda explica um pouco da relação da cultura da planta com o agricultor, porque “a maior parte da tecnologia para o plantio da mandioca foi ensinada pelos indígenas e é uma cultura de fácil aplicação”. Ele ainda ressalta um dos temas principais da palestra: o caule da mandioca, chamado de maniva, “que é usada para o plantio e que deve ter as dimensões adequadas”.

Moradora do local há 25 anos, Lucidalva Soares (conhecida como Nêna do Bar), reconhece a importância dos projetos para a zona rural e se diz satisfeita com a iniciativa. “Importante, pois além de estarmos aprendendo mais, ainda conseguimos lidar melhor com as dificuldades como a falta de chuva”, completou.

Morador da região com a maniva (caule da mandioca)







