Desenvolvimento Social
Postado em 25 de abril de 2014 as 17:28:05
Nesta série de reportagens sobre o trabalho executado pelo Governo Municipal, por meio do programa Centro Pop, chegou a vez de conhecer M., mais um adolescente que, após deixar a vida nas ruas e ser acolhido no serviço, conseguiu progredir o suficiente para que a equipe o considerasse apto à inserção no mercado de trabalho local. Da mesma forma que o jovem cuja história foi mostrada na quinta-feira, 24, M. recebeu do Centro Pop a oportunidade de trabalhar no ramo de lavagem de automóveis, só que na zona leste de Vitória da Conquista.
O emprego parece ter vindo num momento apropriado, pois M., embora seja ainda menor de idade, já se depara com uma considerável responsabilidade que terá de dividir com a namorada: o filho, ou filha – ainda não se conheceu o sexo – que deve nascer no segundo semestre deste ano. Uma das esperanças que o garoto diz ter, para o futuro da criança, é o empenho com que ele garante que atuará para que ela não repita alguns dos erros que ele, M., hoje tem consciência de ter cometido.
‘Preciso trabalhar para sustentar meu filho’
O adolescente M. trabalha como lavador de carros num lava-jato da zona leste da cidade. Da mesma forma que seu colega, L., o emprego foi resultado de uma intervenção da equipe do Centro Pop, graças aos progressos que o jovem vem alcançando, ao longo de seu período de acolhimento. Apesar do tempo relativamente curto no novo trabalho, M. já mereceu de sua patroa – a qual também não será aqui identificada – as qualificações de “educado” e “trabalhador”. “Ele tem um futuro promissor pela frente, pode ter certeza”, diz ela, que admitiu o garoto no lava-jato há pouco mais de três meses.
M. viveu nas ruas dos 13 aos 15 anos. Desse período, guarda um sem-número de recordações das quais não se orgulha. “Na rua, era só bagunça. Eu xingava, esculhambava”, diz. Os ambientes aos quais se habituou a frequentar novamente, como o posto onde trabalha, são bem diferentes. “Aqui a pessoa não pode fazer tudo o que quer. Tem regras”, registra. Entre os dois tipos de vida, ele não deixa dúvidas quanto àquele pelo qual optou, com ajuda da equipe do Centro Pop: “Em um lugar que tem regras, não pode ter bagunça”.
Hoje com 17 anos, e ainda tendo a sede do Centro Pop como referência principal de moradia e vivência, M. vive com as atenções voltadas para o emprego, os estudos, a namorada e o filho recém-concebido, que deverá nascer entre setembro e outubro. “Preciso trabalhar para ter condições de sustentar meu filho”, diz o jovem futuro pai. “Quero que ele seja uma pessoa que não use drogas nem faça nada de errado”.