Vitória da Conquista comemorou neste domingo (9) seus 185 anos de emancipação política com um marco histórico para a democratização do acesso à arte e à cultura: a inauguração da Carreta da Cultura, equipamento itinerante que levará música, teatro, dança e diversas expressões artísticas a todas as regiões do município, incluindo distritos e comunidades rurais.

O local escolhido para o lançamento da carreta foi o Parque Municipal Lagoa das Bateias. O espaço, que se consolidou como um dos principais pontos de esporte e lazer da zona oeste, recebeu uma extensa programação cultural ao longo do dia, incluindo o evento religioso “Pedalando para Jesus” e a Feira Itinerante da Economia Solidária.

No palco, alunos e professores do Conservatório Municipal de Música realizaram as primeiras apresentações, seguidas por artistas locais e uma participação especial do secretário municipal de Cultura, Eugênio Avelino (Xangai), que destacou a importância da iniciativa para a cultura local. “Esse projeto foi pensado com muito carinho e esmero, porque nós precisamos democratizar cada vez mais a cultura e a prefeita também tem esse sentimento, essa necessidade de levar arte e cultura para o nosso povo que se encontra nos quatro cantos do município, para aqueles que não tem condição de ir ao teatro, aos shows. A carreta deixou de ser sonho e se tornou realidade”, disse Xangai.

A carreta possui 30m² de palco, além de camarim climatizado, banheiro, frigobar, e estrutura de acessibilidade com elevador e escada aviônica, garantindo o acesso de artistas cadeirantes. O veículo também conta com sala técnica para som e iluminação e um gerador de energia próprio, o que permitirá apresentações em localidades sem rede elétrica.

A prefeita Sheila Lemos destacou o simbolismo da entrega como um reconhecimento à forte identidade cultural conquistense, que é um celeiro de vários artistas. “Em uma terra de grande produção cultural, com nomes como Elomar e Glauber Rocha, é fundamental investir para que a cultura chegue a todos. Através dessa carreta, vamos levar arte e talento aos lugares mais distantes do município”, afirmou Sheila.

Alice abraçada por sua mãe, NatáliaEntre as primeiras atrações a subir ao palco móvel estava Alice Souza, estudante do Conservatório Municipal e aspirante à cantora. Alice falou sobre a experiência de ser uma das escolhidas para inaugurar o equipamento. “Fiquei nervosa e, ao mesmo tempo, muito feliz de ser uma das escolhidas. O espaço é confortável e bem estruturado, a gente se sente valorizado como artista”, declarou Alice.

O assessor especial de Cultura, Alecxandre Magno, explicou que a concepção da carreta foi resultado de um amplo diálogo com a classe artística e com o Conselho Municipal de Cultura, e o projeto foi aprovado pela prefeita Sheila. “A Carreta da Cultura chegou para democratizar a cultura no nosso município. É o palco itinerante que vai até a zona rural e aos bairros periféricos. Esse projeto foi sonhado junto, com artistas, servidores, gestores e agora é uma realidade”, salientou Alecxandre.

Pedalando para Jesus

Durante as comemorações, a Lagoa das Bateias também recebeu o “Pedalando para Jesus”, evento que integra e que encerra a Semana da Cultura Evangélica. Em sua 19ª edição, o passeio ciclístico reuniu dezenas de participantes, que percorreram o trajeto da Praça Vitor Brito até a Lagoa das Bateias.

A ciclista Rita Damasceno celebrou a revitalização do parque e o espaço de convivência criado para a comunidade. “Antes, a Lagoa das Bateias era esquecida. Hoje, virou ponto turístico e de lazer. A gente pedala, traz a família, faz piquenique. É um presente para toda a cidade”, afirmou Rita.

Feira Itinerante da Economia Solidária

Outro destaque da programação foi a Feira Itinerante da Economia Solidária, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE).

O coordenador do projeto, Danillo Kiribamba, explicou que ações como essa geram renda e fortalecem pequenos empreendedores e declara que o projeto deve prosseguir ao longo do ano. “A feira fomenta a economia local, valoriza os ambulantes e artesãos e cria um espaço de convivência entre cultura e desenvolvimento”, completou Kiribamba.