Esaú Matos
Postado em 27 de fevereiro de 2025 as 10:02:29
Esta semana, grávidas que passavam por consultas e exames de pré-natal no Hospital Municipal Esaú Matos puderam saber mais sobre os tipos de violência contra a mulher, como agir em casos de violência, e as formas de obter ajuda. Foi a SMPM em Movimento, que consiste em ação preventiva da violência contra mulher.
Luana Paiva, 27 anos, está com 35 semanas e 3 dias de gestação do seu primeiro filho. Ela vai ao Esaú Matos regularmente fazer o pré-natal e participou da palestra, que considerou muito importante. “Tem uns 4 anos que eu sofri essa violência, tanto verbal quanto física. Eu tive todo o apoio, todo o acompanhamento certinho, então acho muito importante ter essas palestras em lugares assim, porque tem muitas mulheres que têm medo de pronunciar. Como sofri, eu aconselho todas as mulheres: não tenham medo, porque a gente recebe toda assistência que a gente precisa”, revelou.
“A gente vem esclarecer qual são os tipos de violência e que as mulheres saibam sobre os direitos delas, saibam que existe um serviço que pode ouvi-las, pode acolhê-las. E se elas se identificarem ou souberem de alguma mulher que precisa do serviço, a gente planta uma sementinha e espera que elas possam nos procurar ou indicar para nós outras mulheres”, explica a gerente do Centro de Referência Albertina Vasconcelos, Maiara Sousa.
A gerente informa que o Crav conta com assistente social que acolhe essas mulheres e verifica a necessidade de encaminhá-las para outros serviços, como atendimento psicológico e orientação jurídica. Ainda segundo Maiara, outras rodas de conversa serão realizadas no hospital.
Adriana da Silva, 42 anos, é técnica em Enfermagem e está grávida do segundo filho. Ao assistir a palestra, também destacou a importância da ação. “É bom porque aí as mulheres se sentem acolhidas, têm até a oportunidade de estar conhecendo o serviço, de como funciona o trabalho. É muito importante, porque muitas mulheres que são tímidas para falar dessas coisas estão passando por isso nas suas casas. Então, foi muito importante mesmo”, comentou.
- Ceres Neide
- Maiara Sousa
- Teresa de Fátima
Segundo a assistente social do Esaú Matos, Teresa de Fátima, o hospital é, geralmente, a primeira unidade a ser procurada quando há mulheres vítimas de violência. “Quando elas chegam aqui, chegam totalmente perdidas, não conhecem os serviços que a Prefeitura tem para oferecer. Além do acolhimento social, psicológico e médico, caso precise, a gente passa segurança para que ela veja que tem direitos e ensina sobre a rede de proteção, que acolhe todas as mulheres vítimas de violência”, disse.
A diretora da FSVC, Ceres Neide Almeida, comentou a importância dessa ação e colocou a instituição aberta para outras atividades como essa. “Aqui, recebemos um número muito grande de mulheres de toda região, seja na pediatria, no pré-natal de alto risco e na internação. Eu tenho certeza que, apesar dos municípios terem esse tipo de ação ou equipamentos que acolhem mulheres, é diferente porque é uma ação específica vindo de uma secretaria voltada para mulheres, que esclarece essas mulheres e elas vão poder identificar no que elas estão sendo violentadas e como elas podem resolver esses problemas. Fiquei muito feliz em receber a SMPM porque esse trabalho é fundamental”.