Desenvolvimento Econômico
Postado em 8 de novembro de 2024 as 09:30:46
Desde julho deste ano, a Coordenação Municipal da Juventude, ligada a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), está realizando o projeto Lamparina, que oferece oficinas de Saúde Mental, com acompanhamento psicológico individualizado, para alunos das escolas estaduais e municipais que tenham mais de 15 anos. As oficinas acontecem nas próprias escolas, com o objetivo de discutir saúde mental com a juventude e construir mecanismos que possam colaborar com o seu desempenho enquanto ser humano.
O Lamparina já esteve em cinco escolas estaduais e neste mês de novembro atende alunos do EJA da Escola Municipal Carlos Santana. “Nós estamos concentrando de uma forma mais ágil toda nossa equipe para que tenhamos um visual melhor do nosso projeto. É de fundamental importância salientar esse intuito da Coordenação de Juventude de se aproximar dos jovens, e procurar realizar esse debate dentro da escola, essa aproximação entre educação e saúde mental, tendo em vista uma grande necessidade dos nossos jovens nos dias atuais de ter esse acompanhamento e esse acolhimento”, comentou o coordenador Luiz Augusto Cardoso.
A proposta da atividade coletiva em grupo é discutir temas com relação à saúde mental, trazendo para o jovem questões que são de relevância para a sua vida e recursos com relação às questões psíquicas que estão afetando seu desenvolvimento. Para o aluno da Carlos Santana, Luís Fellipe Neves Souza, 15 anos, o projeto é muito bom. “Eles trazem um projeto muito, muito interessante para os jovens terem mais possibilidades de ter um futuro melhor. Eu achei interessante o projeto, principalmente um negócio que ela falou sobre alguns benefícios que o jovem com o Bolsa Família tem. Achei bem interessante isso. Ela foi falando e eu perguntei pra saber mais”, disse o adolescente.
- Luciana
- Simone
- Luís Fillipe
A diretora da Carlos Santana, Simone Neri da Silva, falou sobre os desafios enfrentados pela comunidade escolar e da alegria que tem em receber o projeto, “pois para muitos alunos essa será a única chance de ouvir sobre esse assunto. Às vezes, ele não vai ouvir em casa e o professor até tenta, mas desgasta. Então, o projeto é necessário, é bem-vindo e a gente quer essa parceria para desde o começo do ano. A gente quer vocês por perto”, disse Simone.
Segundo Luciana Pires, psicóloga do Lamparina, o feedback tem sido positivo. “A juventude vem de um contexto principalmente das políticas públicas muito fragilizado, onde não existia muitas ações que pudessem estimular a garantia mesmo de direitos, de autonomia, de transformação. Então, quando você percebe no município, ali na sua comunidade, políticas, ações que possam fazer com que o jovem seja atendido em algumas das suas necessidades, sem dúvida nenhuma é um alcance muito interessante e apresenta resultado satisfatório”, declara a psicóloga, que conta com o apoio de estudantes de Psicologia.
Já o atendimento individual é realizado por demanda espontânea. Geralmente, a equipe é procurada após as atividades nas escolas. O período de acompanhamento varia de acordo com a necessidade do jovem. Caso algum jovem necessite de um atendimento especializado, o encaminhamento é feito para o setor de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde.
“Na Coordenação da Juventude, a gente trabalha dessa maneira mais preventiva e faz os atendimentos também dos casos mais moderados. E quando a gente identifica uma necessidade de um cuidado intensivo, sistemático, a gente vai fazer o encaminhamento para os serviços especializados. A gente fez encontros com a rede de atenção psicossocial para poder fazer essa parceria, para poder falar da importância do trabalho integrado”, explica a psicóloga do Lamparina.