Foram realizadas nessa sexta (19) e sábado (20), em Vitória da Conquista, as formações presenciais dos professores e profissionais da Rede Municipal de Ensino para a inserção de diversas modalidades do esporte paralímpico no município, que será possível a partir da assinatura de um convênio entre a Prefeitura e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A capacitação aconteceu em dois locais: no Centro de Aperfeiçoamento Profissional (CAP), na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), e no Colégio Paulo VI. O secretário de Educação, Edgard Larry, destacou a importância deste grande passo para a inclusão das pessoas com deficiência no esporte. “A assinatura do convênio com o comitê Paralímpico Brasileiro é de grande importância porque proporciona, neste primeiro momento, a formação, a capacitação de nossos cuidadores, de nossos professores das salas de recursos multifuncionais, aos nossos professores de educação física, professores de instrução de artes e esportes. E isso possui um grande significado na ampliação do acolhimento dos alunos especiais da rede e no direcionamento através de metodologias que vão além das salas de aula, ou seja, estaremos implantando na rede município de educação. São atividades esportivas que proporcionarão mais ainda a integração desses alunos especiais”, disse.

O coordenador de Educação Paralímpica do CPB, David Farias, destacou a celeridade da capacitação já ocorrer um dia após a assinatura do convênio. “Nós formalizamos um acordo com a Prefeitura através da Smed, então acho que isso é fundamental porque formaliza a parceria e já imediatamente, praticamente no mesmo instante, a gente inicia a primeira capacitação presencial das áreas de educação especial, sala de recurso, cuidador. O nosso grande objetivo de verdade, é promovermos a inclusão das pessoas com deficiência através do esporte”, reforçou o coordenador.

Cerca de 150 profissionais participaram do primeiro dia de capacitação, que contou com a parte teórica no turno da manhã e, no período da tarde, foi realizada a parte prática. Entre os participantes estava Luciano Sousa, professor de Educação Física da Escola Municipal Professora Fidelcina Carvalho Santos, que aprovou a iniciativa. “Quando o município traz formação para professor de educação física da rede municipal é uma oportunidade de transformação social, a partir da inclusão, porque o esporte não é inclusivo na sua formação inicial, ele é um esporte de exclusão e aí a formação para o professor de educação física dentro do município é transformar o aluno que é invisível socialmente numa pessoa com direitos, com acessibilidade, referência e, ao mesmo tempo, autonomia”, disse.

No primeiro dia, os profissionais receberam conhecimentos teóricos de bocha, judô e atletismo. No sábado, as atividades contaram com conhecimentos em goalball, parabadminton (esporte jogado com raquete e peteca) e voleibol.

Professor de iniciação científica do Comitê Paralímpico, Walas Carvalho, mostrou, na prática, um pouco sobre a bocha, uma das modalidades existentes nas Paralimpíadas, mas que não é contemplada nas Olimpíadas. “É um esporte conhecido como um dos mais inclusivos do mundo. Acredito que esse curso possa impulsionar os professores, incentivar e movimentar mesmo, provocar o pessoal a estar fazendo essa iniciação esportiva que é muito importante”, disse.

Novidade – No fim do mês de setembro, pela primeira vez, a Rede Municipal de Educação promoverá os Jogos Paradesportivos, como parte dos Jogos Estudantis.