O escritor, professor e memorialista, Mozart Tanajura, nasceu em Livramento de Nossa Senhora, mas, ainda jovem, instalou-se em Vitória da Conquista e se dedicou a organizar documentos e relatar a história do município, a exemplo do livro “Crônicas de uma Cidade”, lançado em 1991.

Falecido em 2004, ele deixou um acervo de escritores locais, como Camillo de Jesus Lima, e estudos ainda manuscritos sobre a cidade. Com o apoio da Prefeitura de Vitória da Conquista, um destes textos se tornará livro, intitulado “Memorial da Prefeitura: Poço Municipal, Quartel e Cadeia”, que relata a história do prédio que atualmente abriga a sede da Administração Municipal.

O prefeito Guilherme Menezes, em reunião realizada nesta segunda-feira, 26, assumiu o compromisso com o filho do escritor, professor Mozart Tanajura Júnior, e com o presidente da Casa da Cultura, Carlos Jeovah, de publicar o livro. “Faremos a diagramação e a impressão gráfica e temos pressa em concluir estas etapas, pois este é um presente para a cidade”, disse o prefeito.

Os responsáveis pela revisão do texto são o próprio filho, que também é escritor e professor, e a professora universitária e também escritora, Ana Isabel Macedo. Já as 30 ilustrações, que têm imagens de 1894 e recentes, foram selecionadas pela fotógrafa Edna Nolasco.

Segundo o professor Mozart, é recompensador organizar as obras literárias de seu pai: “Para mim, é sempre uma alegria poder contribuir com a cultura da cidade, representar meu pai, tendo essa oportunidade de entregar à Prefeitura este livro inédito: sua última obra, finalizada no início de 2004”.

Para Carlos Jeovah, o encontro com o prefeito e os secretários de Cultura e Educação, respectivamente Gildelson Felício e Ricardo Marques, foi proveitoso. “Trouxemos a obra deixada pelo historiador Mozart Tanajura, que retrata muito bem um período de nossa história. Estamos felizes com esta iniciativa da família de entrega esta obra ao Governo Municipal, para tornar realidade a sua publicação”, comentou.

Patrimônio público – Na oportunidade, o senhor Carlos Jeovah apresentou a planta da nova sede da Casa da Cultura e falou sobre a possibilidade de tombamento do Casarão dos Prado, no povoado de Pradoso, para que no local se resgate a cultura do boiadeiro e do artesanato regional. O prefeito se mostrou interessado e solicitou ao secretário de Cultura que veja a viabilidade do projeto.