A Prefeitura de Vitória da Conquista intensificou os trabalhos de monitoramento e reparos desde o reinício das chuvas na última semana, por meio de um trabalho integrado entre as secretarias. Os pluviômetros da cidade registraram um grande volume de chuva nos últimos dias, com uma média de 299,25 mm de chuva do dia 21 de janeiro (domingo passado) até às 8h desta segunda-feira (29). O bairro com maior índice de chuva foi o Bruno Bacelar, com 354,32 mm, seguido do Bateias, que registrou 348 mm.

Segundo a Defesa Civil, até esta segunda-feira (29), 301 ocorrências já foram atendidas, sendo 247 na zona urbana e 54 no interior do município. São 27 famílias desalojadas, 22 na cidade e cinco na zona rural, que estão recebendo assistência da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes). Segundo a Defesa Civil, a equipe vem monitorando alagamentos em áreas como Lagoa das Flores, Jurema, Zabelê e na Fazenda Paixão. Onde houve necessidade, foi realizado o bombeamento da água acumulada para impedir que as residências fossem atingidas. As vistorias incluíram ainda o tombamento de árvores e a queda de galhos em outras áreas da zona urbana.

Nesse domingo (28), a equipe realizou uma vistoria na Fazenda Beija-Flor, localizada na BA-263, próximo à região do Capinal, com o supervisor geral de Barragem da Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento da Bahia (Cerb), Joel Barbosa. Os técnicos constataram que não há risco de rompimentos e a situação da barragem está segura.

No bairro Campinhos, a Prefeitura segue com o monitoramento do canal de drenagem, onde o fluxo das águas pluviais segue sem intercorrências – afinal, o canal foi alvo de intervenções preventivas ao longo de dois meses, no final de 2023.

Em outras regiões rurais, a exemplo de Oiteiro, Muritiba, Retiro e Lagoa Formosa (I e II), as ações incluíram a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR), que agiu para restabelecer as estradas vicinais avariadas pelo excesso de chuvas.

A equipe da Seinfra também intensificou as ações desde o reinício das chuvas, a começar por intervenções em ruas do loteamento Panorama e do bairro Alto Maron, onde as enxurradas provocaram deslizamentos e rompimento de tubulações de drenagem. A equipe agiu para recuperar as vias danificadas e promover a sucção da água que se acumulou na bacia de detenção, localizada na parte mais baixa do Panorama.

No loteamento Santa Cecília, o canal de drenagem foi desobstruído. Outras situações semelhantes, resolvidas por meio de procedimentos similares, ocorreram em Lagoa das Flores, Bateias, Simão, Campinhos, Jatobá, Itapirema e Choça.

Danos no pavimento asfáltico também foram resolvidos em vias do Conveima e Bateias, além do distrito do Pradoso. Já no canal de drenagem da praça Vítor Brito, no Centro, onde houve erosão e abertura de uma cratera, devido ao despejo de dejetos através de uma rede de esgoto da Embasa, a Prefeitura notificou a empresa estadual e aguarda que ela conclua os reparos em sua rede subterrânea, para retirar o grande volume de dejetos que foram direcionados à rede de drenagem municipal. Assim que esse serviço for finalizado, o Governo Municipal acionará a Emurc para recuperar a galeria de drenagem que foi danificada. Essa intervenção também será supervisionada pela Seinfra.

Deserg

Envolvido desde 2023 na revitalização do Parque da Lagoa das Bateias, o Departamento de Serviços Gerais (Deserg) vem contribuindo com a força-tarefa na medida em que atua na limpeza do reservatório e na remoção da vegetação flutuante que, por força das últimas chuvas, desloca-se em direção ao sangradouro e se acumula por ali.

Segundo o coordenador do Deserg, Lucas Batista, neste fim de semana, o trabalho foi intensificado para retirar uma grande quantidade de taboas que se desprendeu e havia risco de obstruir o sangradouro. Se esse material não fosse retirado de lá, o sangradouro seria obstruído e danificado, impedindo que a água seguisse seu curso até chegar ao canal de drenagem do bairro Campinhos – cuja limpeza e desobstrução a equipe do Deserg também trabalhou, no ano passado.

Durante o dia, a equipe arrasta a vegetação para as margens da lagoa, de onde será transportada em caminhões, até as áreas de descarte. Já no período da noite, as moitas de taboa mais próximas do sangradouro são amarradas por cabos de aço presos às máquinas do Deserg – o que evita que, com a força dos ventos, elas se desloquem para o local de escoamento. O monitoramento da situação é feito durante 24 horas, com a adoção de medidas necessárias em caso de chuvas ou outras situações adversas.

Também neste fim de semana, servidores do Deserg e da Seinfra estiveram no bairro Bateias II, onde o piso cedeu em uma rua, deixando alguns postes descobertos. A equipe da Prefeitura, junto com a Coelba, trabalhou na montagem de uma estrutura para escorar os postes, evitando que eles caíssem.