Dia Mundial da Água é lembrado com atividade no Poço Escuro e distribuição de mudas no bairro Brasil
Desenvolvimento Social
Postado em 22 de março de 2023 as 19:19:28

Visita ao Poço Escuro fez parte da missão 3 da Gincana pelo Clima e pela Alimentação Saudável
O Dia Mundial da Água, nesta quarta-feira (22), foi a deixa para o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca), organizado pela Prefeitura de Vitória da Conquista, grupamento intersetorial mobilizar um grupo de aproximadamente 40 jovens para um passeio na Reserva Florestal do Poço Escuro. Embrenhando-se por uma pequena trilha no interior da mata, cuja área total se estende por 17 hectares, encravada na paisagem urbana do bairro Guarani, o grupo cumpriu a terceira missão da Gincana pelo Clima e pela Alimentação Saudável, atividade vinculada ao projeto Selo Unicef.
Além da equipe do Nuca, a atividade envolveu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), por meio do Módulo de Educação Ambiental, o Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama) da Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes).

Guarda do Gama dá dicas sobre a atuação do grupo especial
A gincana, da qual participam vários municípios que aderiram ao Selo Unicef, prevê a realização de seis missões. As próximas três atividades devem ser realizadas até o dia 5 de junho, data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Valendo 2,5 pontos – a maior pontuação da gincana –, a terceira missão determina que os participantes verifiquem as fontes de recursos hídricos do município, investigando se o sistema alimentar local produz impactos no algo consumo de água, ou se traz riscos de contaminação para as águas subterrâneas. A partir do diagnóstico que for feito, o Nuca deve desenvolver atividades lúdicas, que sensibilizem os jovens sobre a preservação desses recursos hídricos. Daí, surgiu a ideia da visita ao Poço Escuro, onde estão localizadas algumas nascentes do Rio Verruga.
Para fins de comprovação, o Nuca deve fotografar a atividade e enviar as imagens, devidamente legendadas, para a equipe do Selo Unicef. As regras determinam ainda que as imagens devem ser publicadas no Instagram, tendo-se o cuidado de marcar o perfil Ciranda de Nucas na rede social.

Sob a sombra do tamboril de 200 anos, a técnica em Meio Ambiente Scheyla Estêves mostra o fruto da planta aos jovens do Nuca
Mas, segundo a mobilizadora do Nuca, Laís Pinheiro, os ganhos de uma atividade como essa ultrapassam as regras de uma competição intermunicipal. “Quando a gente os orienta e informa sobre a necessidade de preservar o meio ambiente, eles estão ganhando uma oportunidade para que gerações futuras possam ter, garantidos, esses recursos naturais que nós temos aqui. Esse é o maior ganho que esses meninos vão ter. É a oportunidade de se informar para melhor preservar o meio ambiente”, observou Laís.
“O futuro é a água”
“O futuro do nosso planeta é a água. Então, a gente precisa preservar não só a água em si, mas o ambiente onde ela se encontra”, acrescenta a gerente de projetos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Ana Luíza Gusmão.
Para visualizar essa orientação, os visitantes passaram pelas proximidades de uma das nascentes do Rio Verruga. Ao longo da caminhada, puderam avistar alguns exemplares da fauna do Poço Escuro, como pássaros, aranhas, borboletas – é comum que as outras espécies se escondam diante da presença de seres humanos na área.
“Quando a gente perde uma espécie animal, começa a haver um desequilíbrio”, ensinou a técnica em Meio Ambiente Sheyla Estêves, ao conversar com os adolescentes sobre a importância de se combater a violência contra os animais. Scheyla também mostrou a eles, como exemplar da flora local, um pé de Tamboril que, segundo a Semma, tem aproximadamente 200 anos.

Grupo passou perto de uma das nascentes do Rio Verruga
Integração
Os jovens que participaram da atividade frequentam os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) que atendem aos territórios dos bairros Bruno Bacelar (Cras 1), Vila América (Cras 2), Pedrinhas (Cras 3), Jardim Valéria (Cras 4) e Nossa Senhora Aparecida (Cras 7).
Entre eles, a estudante Simara Souza, 18 anos, para quem a visita foi uma oportunidade tanto para quem já conhecia a reserva quanto para quem ia pela primeira vez. “A verdade é que tem uns meninos menores aqui, e acho que eles vão se conscientizar bastante. É mais uma integração para que eles coloquem na cabeça o que de fato fazer com a natureza, principalmente com a água”, afirmou a jovem, que mora no bairro Nossa Senhora Aparecida.
- Simara Souza, do Nossa Senhora Aparecida
- Maicon Oliveira, do Bruno Bacelar
- Miquéias Souza e Raquel Silva, do Vila América
Maicon Oliveira, 12 anos, morador do Bruno Bacelar, estava entre os que nunca haviam ido ao Poço Escuro. “Quero ver algum animal por aí”, disse, antes de iniciar a trilha. Assim que adentrou a mata, ele pôs em prática o que afirmou ter aprendido enquanto cumpria a missão da gincana. “Não pode jogar nem um palito de pirulito. Tem que jogar as coisas no lixo, no lugar certo”, ensinou.
‘Mata é para ser sentida’
Por fala em lixo, outra visitante, Raquel Silva, 13 anos, não deixou de prestar atenção nos objetos descartados na mata por pessoas que haviam passado por lá. “É uma pouca vergonha”, indignou-se. “A mata é para ser sentida. É para se ver beleza, ver os animais, e não sujeira”, observou a estudante. Seu colega e vizinho do bairro Vila América, Miquéias Souza, de 12 anos, também se queixou dos maus hábitos de parte das pessoas que visitam o Poço Escuro. “Achei tudo muito bonito. Só não gostei da sujeira”, afirmou o garoto, que filmou todo o passeio e pretende postar o vídeo no YouTube, onde seu irmão mantém um canal.
- Ana Luiza Gusmão, gerente de Projetos da Semma
- Laís Pinheiro, mobilizadora do Nuca
Mudas distribuídas na Praça Mármore Neto
Além da atividade do Nuca no Poço Escuro, o Dia Mundial da Água motivou outra iniciativa da Prefeitura de Vitória da Conquista. Na manhã de hoje, equipes da Semma estiveram na Praça Mármore Neto, no bairro Brasil, e distribuíram cerca de 50 mudas de plantas das espécies ipê amarelo, ipê roxo, ipê de jardim, jacarandá, moringa e canafístula.
Entre os participantes, havia técnicos ligados ao setor de projetos, ao herbário e ao Módulo de Educação Ambiental. O grupo orientou as pessoas que passaram pelo local, sobre as relações entre o plantio de novas árvores e a preservação dos recursos hídricos. “Através do plantio de novas árvores, a gente consegue ter um ambiente mais equilibrado, com mais saúde para as pessoas. O ar que a gente respira depende delas. Os animais, também”, disse a secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Cláudia Passos.
“Quando a gente vê uma árvore sendo cortada, sabe que a falta dela vai impactar no aquecimento global. Consecutivamente, em todo o planeta, inclusive no fluxo das águas. Então, temos que ter essa consciência ambiental”, concluiu.
















