Oficina do Acessuas na Escola Municipal Ridalva Corrêa de Melo Figueiredo, no Ibirapuera

O Programa Acessuas Trabalho, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), tem como objetivo promover o acesso dos usuários do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) ao mercado de trabalho. Com essa proposta, equipes dos Cras e técnicas do Acessuas têm organizado oficinas para adolescentes a partir dos 14 anos de idade, nas sedes das unidades e também em escolas e organizações da sociedade civil que fazem parte do território de cada Cras.

Vinculado à Coordenação de Proteção Social Básica, o Acessuas tem suas ações realizadas nos dois níveis de proteção: básica e especial de média e alta complexidade. O programa faz o mapeamento das oportunidades de emprego, estágios e cursos de qualificação para o público prioritário, que são pessoas das zonas rural e urbana em situação de vulnerabilidade e risco social com idades entre 14 e 64 anos, com prioridade para usuários de serviços, projetos e programas de transferência de renda socioassistenciais. E a partir daí, promove as oficinas temáticas relacionadas ao mercado de trabalho.

A diretora de Assistência Social, Irlane Gomes, explica que a partir de um reordenamento realizado por meio da supervisão técnica, a Semdes fez um diagnóstico no município com avaliação dos públicos prioritários do Acessuas. “A partir dessas informações, a nova equipe técnica do programa está focando na garantia da efetivação dos objetivos da política de assistência social: proteção social, vigilância socioassistencial e defesa de direitos”.

Técnica do Acessuas, Alana

O público-alvo dessa capacitação são os adolescentes em situação de vulnerabilidade social que estejam com idade para trabalhar na modalidade jovem aprendiz. Segundo a coordenadora de Proteção Social Básica, Ana Bittencourt, as oficinas trabalham com o desenvolvimento de habilidades, orientação para o mundo do trabalho, reconhecimento de potencialidades, saberes e áreas de interesse em relação às oportunidades de trabalho.

A importância das oficinas do Acessuas Trabalho é relatada por Gustavo Barbosa Santos, de 18 anos, e Isac Souza Fernandes Pacheco, de 18 anos, moradores do Bruno Bacelar, que fizeram parte do programa Acessuas Trabalho no Cras Bruno Bacelar. Eles aprenderam a fazer o currículo e como se portar numa entrevista de emprego.

“Antes dessa oficina, distribui vários currículos e nunca fui chamado para uma entrevista, e eu não entendia por que não me chamavam. Com a oficina, eu entendi que meu currículo não estava correto, agora que aprendi a fazer corretamente, já passei por duas entrevistas numa empresa e estou aguardando ser convocado para trabalhar”, disse Gustavo.

Isac e Gustavo

Os dois garantem que além de fazer um bom currículo, os ensinamentos sobre o momento da entrevista também são fundamentais, “eu confesso que fiquei nervoso na hora da entrevista, mas lembrei de tudo que Alana [técnica do Acessuas] explicou na oficina, e procurei responder tudo certo. Eu fiquei muito feliz em conseguir passar pela entrevista, porque antes eles nem me chamavam, agora, estou confiante que vou conseguir meu primeiro trabalho”, declarou Gustavo.

Outra informação importante foi a da abertura de vagas para um curso de costura no Senac, “foi durante a oficina que tivemos a informação do curso e fomos lá tentar uma vaga. Conseguimos, graças ao Acessuas. Estou adorando o curso e pretendo trabalhar na área, se eu conseguir”, ressaltou Isac.

Para Irlane Gomes, o exemplo dos jovens é resultado da nova dimensão que o programa recebeu depois do reordenamento. “Com essa oferta dentro do Cras, nós estamos fortalecendo as ações de proteção social e a garantia de direitos dentro dos territórios, melhorando o acesso do público prioritário ao Acessuas”, destacou.

Para mais informações sobre as oficinas do Acessuas, procure uma unidade Cras mais próxima de sua casa