A Escola Municipal Padre Aguiar deu início à 5ª edição do Projeto “Escola e Família de mãos dadas com a Inclusão: um olhar para as novas possibilidades”. O objetivo é proporcionar a toda comunidade escolar vivências que permitam um olhar mais sensível e prático para as diversas possibilidades de aprendizagem, e ampliar as perspectivas no acesso da pessoa com ou sem deficiência no âmbito escolar, familiar e social. Após duas realizações no formato online, por conta da pandemia, a ação voltou a ser presencial.

A terapeuta ocupacional, especialista em neurologia pela UFBA, Amanda Letícia Abreu Dourado, relatou que a inclusão vem sendo trabalhada nas escolas desde 1994, mas que ainda falta uma abordagem diferenciada para que seja realmente efetivada. “Nós passamos por várias fases da pessoa com deficiência, a segregação, a integração, e daí veio a inclusão. Mas só quando tivermos um novo olhar sobre como abordar para que a criança saiba o que ela vai tirar de bom dentro da sala de aula, dos conteúdos pedagógicos, para que ela leve para a vida dela, e que a família também esteja ajudando a fazer essa inclusão nas escolas, é que essa criança vai conseguir ser incluída de forma mais efetiva”.

Para a diretora Jucélia Mendes, que assumiu a direção da escola este ano e já viu como o trabalho de inclusão pode fazer a diferença, é preciso discutir sempre a temática da inclusão. Ela disse que a  escola atende a 32 alunos com deficiência, o que corresponde a quase 10% do número de matriculados. “Todos são atendidos com muito carinho e amor.  Esse é um desafio que nos faz estudar e crescer enquanto pessoas e profissionais”, salientou, acrescentando que o projeto é muito importante porque envolve toda a escola. “Queremos fazer o melhor por nossos alunos e, este ano, o tema evidencia as potencialidades dos alunos independente de terem ou não deficiência”.

O secretário municipal de Educação, Edgard Larry, falou da importância de a família estar presente na escola, acompanhando o desenvolvimento educativo dos filhos. Larry também parabenizou o trabalho desenvolvido pela escola. “Os alunos são atendidos por uma equipe especializada e competente. Ficamos encantados. O trabalho aqui é do acolhimento, cuidado, do servir, e tudo isso com amor, porque sem amor não adianta. Educação é servir com amor, com dedicação plena todos os dias, porque qualquer ser humano pode aprender. É nosso papel colocar o processo formativo à disposição de todos, indistintamente”.

A assistente social Wanderlúcia Dutra Sousa, mãe da estudante Deborah Dutra de Moraes, do 2º ano, e que frequenta a sala multifuncional, considerou fundamental o apoio e o carinho recebido na instituição. “Temos o objetivo da educação, da inclusão e da melhoria da vida dos nossos filhos. O projeto nos valoriza, nos faz sentir uma pessoa vista dentro de uma sociedade, pois mesmo com tanto avanço e informação ainda existe preconceito. A escola acolhe, e essa caminhada se torna mais prazerosa”.

Wanderlúcia, Déborah e Ivanei Rodrigues de Moraes