Desenvolvimento Econômico
Postado em 2 de setembro de 2022 as 10:08:22

Público é formado por trabalhadores da indústria e do comércio
Começou na noite de quinta-feira (1ª), às 19h, o Curso Básico de Intérprete de Libras oferecido pela Prefeitura de Vitória da Conquista a trabalhadores da indústria e do comércio. As aulas, cujo conteúdo deverá totalizar uma carga de 20 horas ao longo de dez encontros, são ministradas por Jaqueline França às quintas-feiras, no auditório da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE).

Jamília: “É importante ter profissionais com formação em Libras para atender às pessoas surdas”
Segundo Jamília Gomes, responsável pelo Serviço de Psicologia Organizacional e do Trabalho da SMDE, a atividade faz parte do Setembro Verde, mês dedicado a dar visibilidade à inclusão social das pessoas com deficiência. Como está entre as atribuições da SMDE a realização de ações destinadas à qualificação profissional de trabalhadores e pessoas desempregadas em idade de trabalho, o Governo Municipal optou por juntar as duas necessidades por meio desse curso de qualificação.
“As pessoas com deficiência têm enfrentado desafios e, ao longo da história, estiveram longe dos espaços de fala e decisão. Então, é importante ter profissionais com formação em Libras para atendê-las nos segmentos da indústria e do comércio”, acrescentou Jamília.
Assim, os organizadores pretendem transmitir o conhecimento sobre a Libras como língua visual motora para pessoas que trabalham na indústria e no comércio e, naturalmente, lidam com todos os tipos de clientes – em especial, o público surdo. “Os surdos também são consumidores. Eles também estão inseridos na sociedade e isso faz parte de um direito, da conquista de uma política pública por parte deles”, informou Jaqueline França.

Jaqueline: “Os surdos também são consumidores”
O curso vai fornecer conhecimento suficiente para que os participantes interajam com o universo das pessoas surdas de forma satisfatória. “Vamos ensinar Libras e fazer com que eles entendam também o perfil do surdo, quem é o surdo, quem é o deficiente auditivo. E também como lidar com essas pessoas, aprender sobre a cultura e sobre as identidades que eles possuem”, disse a professora.
Público exige e comerciantes se atualizam
É esse o objetivo da artesã Rosimária Roque, de 40 anos. Ela soube do curso por meio da Sala da Mulher Empreendedora, um dos serviços coordenados pela SMDE, que divulgou o curso num grupo de Whatsapp. Permissionária de um box no Centro Cultural Glauber Rocha, onde comercializa acessórios femininos produzidos por ela, Rosimária sentiu a necessidade de se aperfeiçoar.

Rosimária: “Quero me aprofundar mais em Libras”
Em seu local de trabalho, ela já recebeu clientes surdos interessados em comprar seus produtos, entre os quais se incluem tiaras, laços infantis, pulseiras, colares e chapéus confeccionados em palha, miçangas e fitas. “O público hoje exige isso. E nós sempre precisamos nos atualizar. Quando uma pessoa surda vai conversar conosco, a gente fica meio perdido. Eu já sabia o básico do básico, porque fiz um curso uma vez. Mas quero me aprofundar mais em Libras”, justificou Rosimária.





