Na tarde da última sexta-feira, 17, professores de alunos surdos e deficientes auditivos da Rede Municipal de Ensino, participaram da II Formação Continuada. O evento, que integra o cronograma de capacitações da Secretaria Municipal de Educação (Smed), aconteceu no Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) com o objetivo de orientar os profissionais no trabalho em sala de aula e promover uma maior interação entre eles.

Na ocasião os professores compartilharam experiências do cotidiano, ressaltaram os avanços, e discutiram as necessidades para que esses alunos sejam atendidos cada vez melhor. Para a fonoaudióloga da Equipe de Educação Especial da Smed, Thamille Fernandes, “os professores precisam conscientizar os alunos que utilizam aparelho auditivo, mostrando-os a necessidade e a importância da sua utilização, além disso, é preciso verificar se existe algum incômodo para o aluno, como volume alto do aparelho ou molde incorreto, porque tudo isso irá interferir no processo de adaptação e, consequentemente, de aprendizagem”.

Milânia Santos Bonfim, professora de LIBRAS Itinerante, da Sala de Recursos Multifuncionais, ressaltou a importância da linguagem de sinais na sala de aula. “É extremamente necessário que os alunos surdos aprendam a língua de sinais para que futuramente possam ter um intérprete na sala de aula, porque não adianta ter um profissional para ajudá-los se eles desconhecem as Libras. Vale lembrar que os alunos surdos devem ser bilíngues, ou seja, precisam aprender também a língua portuguesa escrita e essa deve acontecer a partir de uma metodologia diferenciada”, afirmou.

Já a professora Nair Reis Marques, do Centro Educacional Professor Paulo Freire, ressaltou as experiências positivas que tem em sua atuação com alunos surdos. “Eu considero a pessoa surda alguém com habilidades até melhores do que as pessoas ditas normais. Minha aluna é um exemplo disso. Ela é muito inteligente e aprende rapidamente as coisas. Consegue se comunicar com todas as pessoas e se relaciona muito bem. Na avaliação que apliquei na sala de aula ela conseguiu compreender todas as atividades”. Nair acompanha a aluna Taynara Suhett, de 10 anos.

Outro depoimento positivo é o da professora Sebastiana Moreira Peixoto que acompanha o aluno Paulo Gracino, 7 anos, na Escola Municipal Frei Serafim do Amparo. Para a educadora, o aluno consegue superar as suas limitações auditivas. “Paulo é muito esperto, inteligente e adora frequentar a escola. Eu procuro em todas as minhas atividades sempre levar imagens para associar às palavras para facilitar a sua aprendizagem. Ele se desenvolve muito bem”.

 A Prefeitura Municipal garante, em sala de aula, profissionais que atuam na educação especial: Tradutores Intérpretes de LIBRAS, professor de LIBRAS, instrutor surdo de LIBRAS, ambos itinerantes, que atuam nas Salas de Recursos Multifuncionais – SRM com o Atendimento Educacional Especializado de Surdez – AEE e um professor de língua portuguesa com metodologia específica para alunos surdos.