Cultura
Postado em 19 de maio de 2021 as 18:24:06
A Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Sectel), em parceria com o Conselho Municipal de Cultura, realizou nos dias 17 e 18 de maio, em de Vitória da Conquista a 19ª Semana Nacional dos Museus, com o tema “O futuro dos museus: recuperar e reimaginar”. Em virtude da pandemia, o encontro foi virtual, com transmissão ao vivo pelo no canal do conselho no YouTube.
Os webinários tiveram a participação de artistas, professores, historiadores e museólogos locais e de várias partes. Para o titular da Sectel, Adriano Gama, comentou sobre a qualidade das palestras sobre a participação de pessoas que “ainda se importam e continuam estudando sobre patrimônio cultural. Em meio a tantas instituições que fazem parte do evento no Brasil afora, participamos mais um ano com muito orgulho, para aprender, contribuir, discutindo de fato a importância que são estes temas”.
A presidente do Conselho Municipal de Cultura, Maris Stella, também enfatizou o valor dos debates e relembrou a professora Heleusa Figueira Câmara, falecida em 2019, que realizou um trabalho histórico na cultura. “Ela é a responsável pela cultura de importância dos museus em Vitória da Conquista. Reimaginar um museu para o futuro é sobretudo honrar a memória de quem construiu antes de nós um sonho de futuro para a museologia de Vitória da Conquista”.
19ª Semana Nacional dos Museus em Vitória da Conquista teve as participações, no primeiro dia, da professora e museóloga Maria Célia Teixeira Santos explicou que o caminho a ser buscado é uma museologia preocupada em construir diálogos horizontais e transversais; do professor José Cláudio Alves de Oliveira, que apresentou a proposta do museu interativo. Para ele o museu tradicional local se mantém, mas passa também a ocupar o ciberespaço. “A importância do museu na internet é hiperdimensionado, trabalhando e socializando a memória”, pontuou.
No segundo dia, a professora Maria Paula Fernandes Adinolfi abordou o tombamento e registro do patrimônio cultural e esclareceu que o tombamento “implica numa restrição dos direitos de propriedade sobre o imóvel que não pode ser destruído e mudanças só autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Não é só um ato declaratório, é sobretudo um ato de proteção sobre um bem cultural”.
Na sequência, Procuradora Regina Guimarães, declarou que, para valorizar o patrimônio público é necessário conhecimento sobre ele. “O que preservar e o porquê. Tem que ser através de um pacto social”. Já o historiador e comunicador Fábio Sena, apresentou leis e decretos que há no município para a preservação do patrimônio. Ele informou que Lagoa das Bateias, Serra do Periperi, o antigo prédio da Rádio Clube, a Casa de Dona Zaza e o Memorial Régis Pacheco são tombados em Conquista, além de cerca de 60 árvores, em 2018.