Palestra sobre as políticas públicas de igualdade racial no Brasil

Depois de uma semana estudando temas étnicos-raciais e, no último fim de semana (22 e 23), viajarem para Salvador com o intuito de visitar lugares de relevante significado cultural e político para a comunidade negra, foi a vez dos participantes do Curso de  Formação e Capacitação de Agentes Públicos em Políticas de Igualdade Racial, promovido pela Coordenação Municipal de Promoção da Igualdade Racial em convênio com a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, avaliarem o projeto.

Na noite dessa terça-feira (25), no Mercado Municipal do Bairro Brasil, foi realizada uma mesa-redonda – última etapa do Curso de  Formação e Capacitação de Agentes Públicos em Políticas de Igualdade Racial. O projeto ofereceu dez oficinas e o passeio histórico à capital baiana para 40 participantes da oficina, entre eles agentes públicos, conselheiros de promoção da igualdade racial e também lideranças da sociedade civil.

Antes de apreciarem a execução do projeto, os presentes puderam participar da palestra sobre as políticas públicas de igualdade racial no Brasil, ministrada pelo professor da UESB, Nivaldo Santos, tendo como intermediadora a administradora de Empresas, Geórgia Nunes, que esteve à frente de duas oficinas no curso de formação.

“Foi positivo”, avalia a conselheira de Igualdade Racial

Avaliação Após a palestra, o coordenador municipal de Igualdade Racial, Beto Gonçalves, e mais três participantes da formação e da viagem ponderaram sobre o projeto. “O curso teve a média de 30 alunos por oficina e foi importante para a formação de multiplicadores”, resumiu o coordenador da pasta.

Membro do Conselho de Igualdade Racial, Ângela Luísa Brito, participou de três oficinas e da excursão. Quilombola de Santo Inácio em Ibiassucê, Ângela veio estudar Nutrição no campus da UFBA, em Vitória da Conquista. Sobre a iniciativa do governo de promover o curso, ela destacou: “Foi importante o governo se mostrar aberto ao diálogo e a dar maior visibilidade aos temas ligados ao negro”.

Para a conselheira, a formação foi proveitosa: “Apesar de já ter contato com o movimento negro e quilombola, foi positivo pela abordagem de diferentes aspectos nas oficinas, que atingiam diferentes pessoas. Através da interação com o outro foi possível a troca de conhecimentos, o que foi muito interessante”.

Sobre a viagem histórico antropológica a Salvador, Gonçalves comentou: “Foi um momento único e de reflexão. Foram feitas visitas a vários pontos e ali esses pontos foram observados com olhar e senso crítico. Ali podemos ver diferentes aspectos da escravidão dos negros no Brasil”. Segundo Ângela foi “uma perspectiva diferente de debates de conteúdos relacionados à situação negra no Brasil”.

Equipe organizadora da formação