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Postado em 12 de maio de 2018 as 20:19:29

Professora Kueyla apresentando a Política de Saúde LGBT
A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) foi instituída no Brasil pela Portaria nº 2.836 de 1º de dezembro de 2011 e tem por finalidade promover a saúde integral LGBT eliminando a discriminação e o preconceito institucional. Com o objetivo de debater o funcionamento desta política, a Coordenação de Políticas LGBT realizou nesta sexta-feira (11), na Câmara de Vereadores, uma roda de conversa mediada pela professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Kueyla Andrade.
A atividade, que integra a programação do Maio da Diversidade, contou com a participação do público LGBT, estudantes e profissionais da área de saúde. “Nós entendemos a importância de toda a sociedade saber o que significa LGBT hoje no Brasil, principalmente as instituições que atendem essa população nos serviços de saúde, de segurança, de educação, de cultura. Por isso, a importância da realização destes momentos de debate”, ressaltou José Mário Balboa, coordenador de Políticas LGBT.
Para a professora Kueyla Andrade os desafios para os serviços da saúde ainda são grandes por se tratar de uma política recente, com apenas sete anos de instituição. “Este é um momento revolucionário: a comunidade LGBT está convidando a gente a repensar tudo, a repensar as fichas dos serviços de saúde, a repensar o modo que a gente se refere ao outro, ao modo como a gente vê a sexualidade. Começamos a pautar a sexualidade em todos os lugares, aquilo que não era dito, o não dito, o interdito, agora está sendo falado por todos”, destacou a professora.

A cirurgiã dentista Lavínia pretende participar de outras rodas de conversa sobre LGBT
A cirurgiã-dentista Lavínia Ruas elogiou a iniciativa da gestão municipal pela realização do evento. “Foi muito interessante, pois como profissionais de saúde ainda temos muitas dúvidas em relação a este atendimento, porque é tudo muito novo. Acho que essas rodas devem acontecer em todos os espaços, principalmente nos acadêmicos. Para mim, foi uma honra. Espero participar dos próximos”, salientou Lavínia.

O fisioterapeuta Marcos parabenizou a coordenação pela realização do evento
Já o fisioterapeuta e mestrando em Saúde Coletiva Marcos Vinícius da Rocha Bezerra acredita que este é um tema de grande relevância social, mas que tem pouco espaço de discussões. “Nós sabemos que este é um grupo social que em sua maioria é carente, marginalizado e vulnerável. Eles precisam ter os seus direitos assegurados e levados em consideração para construção de políticas públicas que mudem esta realidade”, comentou Marcos.





