Desenvolvimento Social
Postado em 9 de março de 2018 as 17:16:34
e atualizado em 11 de março de 2018 as 12:08:23
O Centro de Referência da Mulher Albertina Vasconcelos (Crav), vinculado a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, oferece atendimento psicológico, social, jurídico e informações para mulheres em situação de violência.
Em 2017, o serviço realizou 1.825 atendimentos, 184 referentes a primeiro atendimento, sendo que deste total, 153 foram vinculados ao serviço. Foram realizados 119 encaminhamentos para a Rede de Proteção à Mulher e realizadas 656 ações de busca ativa.
“As mulheres chegam aqui por meio do Disque 180, por demanda espontânea ou são encaminhadas pela Rede de Proteção à Mulher. Além o acolhimento, o serviço atua na busca ativa das referenciadas que deixam de frequentar o serviço”, explica a gerente do Crav, Dayana Andrade.
Desde que foi implantado, o serviço tem feito a diferença na vida de muitas mulheres como Célia, 47 anos.
“Depois que meu marido me agrediu procurei a Delegacia da Mulher, lá fui encaminhada para o Crav. O serviço foi uma maravilha, não tinha ideia que existia este serviço na cidade. Lá, elas me apoiaram e graças a Deus, me saparei e vivo em paz com a minha filha”, contou ela, que atualmente é atendida pela assistência jurídica do serviço.
Eunice, 46 anos, também não conhecia o serviço. Sua história, assim como a de Célia, teve um desfecho feliz depois que ela procurou a Delegacia da Mulher e passou a frequentar o Crav.
“Antes, eu não dançava, não andava de bicicleta, não me achava capaz de cuidar da minha vida. Agora faço tudo, tenho meu trabalho, minha casa. A equipe do Centro é como se fosse minha família. Participo dos cursos oferecidos, das palestras e eu sou uma mulher diferente, que não abaixo a cabeça pra ninguém”, comentou Eunice.
Tanto Célia quanto Eunice lembram a importância de buscar ajuda em casos de violência. “Todas que passam por violência dentro de casa podem sair desta situação, basta querer e procurar ajuda”, lembra Célia. “A gente não tem que ter vergonha de procurar por ajuda, a gente tem que ter vergonha é de ser agredida dentro de nossa casa. Tenho muito orgulho de mim porque tive coragem de denunciar e mudar a minha história, sinto vergonha dos anos que perdi sofrendo violência”, ressaltou Eunice.
O Crav funciona na Avenida Jesiel Norberto, nº 40, no bairro Candeias, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Para mais informações, ligue (77) 3424- 5325.