Ternos de reis alegram as comemorações natalinas, com suas vestes coloridas e sons característicos

Público viu ternos de reis das regiões de Iguá e José Gonçalves

Versos populares, embalados pelas cores vibrantes e pelo som produzido por pífanos, caixas e gaitas, característico dos ternos de reis, foram as primeiras canções a serem ouvidas na Praça Tancredo Neves na noite de quarta-feira, 20, a segunda do Natal Conquista de Luz.

Para cantá-los, o mestre, Vivaldo Sena, 54, levou com ele o terno de reis do povoado de Rancho Alegre (a 26 quilômetros da sede, na região do Iguá). O grupo costuma se dividir em dois durante o mês de janeiro: de 1º a 6, veste uniforme azul e se chama Santos Reis; e, de 10 a 20, troca o manto azul pelo vermelho e passa a se chamar São Sebastião.

“Nós levamos a palavra de Deus em forma de versos”, explicou Sena. “E alegramos os donos das casas com a nossa contradança”.

Acompanhado pela família, esta foi a primeira vez que Artur assistiu uma apresentação dos ternos de reis

Essas manifestações artísticas foram acompanhadas pela professora Simone Souza, 32 anos, que viu tudo ao lado do marido, o bioquímico Júlio Everton Azevedo, 38, e dos filhos Artur, 7, e Júlia, 4.

Artur viu pela primeira vez uma apresentação de terno de reis. “Bom” foi o termo com que ele sintetizou o espetáculo que viu. “Acho muito importante manter essa cultura. E até mesmo mostrar para os mais jovens, que não tiveram acesso antes e agora podem ver e saber como algo é antigo, mas ao mesmo tempo consegue ser atual”, explicou Simone.

Para Ezequiel, apresentação do terno de reis foi nota mil

‘Coisa da nossa terra’ – Quando terminou de se apresentar com o terno de reis Santos Reis, do povoado de Volta Grande (a 15 quilômetros da sede, na região de José Gonçalves), o mestre Valdeci Xavier, 63, também foi aplaudido pelo público presente à parte superior da Praça Tancredo Neves.

“Acho maravilhoso e fico muito satisfeito por eles aplaudirem a gente. É o que a gente queria”, agradeceu Valdeci, depois de receber os enfáticos parabéns do ex-servidor público Ezequiel de Jesus, 56.

“É tão gratificante essa coisa folclórica. É lindo demais, uma coisa da nossa terra”, elogiou Ezequiel, qualificando como “nota mil” a apresentação do terno de reis de Volta Grande. “É alegria para o povo”, definiu.

Conquista de Luz - Tancredo Neves - 21-12 (10)