Uma nova variedade de mandioca foi recomendada e distribuída para produtores rurais da Região Sudoeste na manhã dessa quarta-feira, 22, em evento realizado na Uesb. A recomendação da mandioca BRS Poti Branca foi realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Uesb.

O trabalho é desenvolvido em conjunto entre as duas entidades desde 2012, com o objetivo de melhorar o potencial produtivo da raiz no Sudoeste baiano. “Além do material cultivado na própria Uesb, analisamos mais dois locais. A partir do comportamento desses materiais, comparando com as variedades já cultivadas, se chegou a conclusão que a Boti Branca produziu em torno de 15% a 20% mais raízes”, explicou o coordenador do Núcleo Tecnológico de Sistema de Produção de Mandioca e de Fruteiras/ Embrapa de Cruz das Almas, Domingo Haroldo Reinhardt.

Segundo Sandro Lopes, um dos professores da Uesb responsáveis pela pesquisa, a pesquisa é inovadora para o cultivo da mandioca na região: “Mais de trinta anos cultivando apenas a Segipe e Platinão e essa é a primeira vez do ponto de vista técnico que foi avaliada uma espécie com o estudo de três ciclos. Desde que nasci essa é a primeira recomendação de variedade de mandioca e me sinto muito feliz por receber os produtores rurais e pelo trabalho desenvolvido, pois sou filho de pequenos agricultores também”.

Mobilização – A Secretaria Municipal de Agricultura foi responsável por mobilizar mais de 40 produtores rurais de Conquista para participar do evento. “Além de cultivadores, eles também exercem papel de liderança e serão portanto multiplicadores. Eles receberam orientações sobre a Poti Branca e receberam manivas para que eles cultivem a nova variedade que pode ser a redenção da cultura da mandioca em nossa região”, declarou o secretário municipal de Agricultura, Paulo César Oliveira.

No evento, agricultores, agentes multiplicadores e técnicos que trabalham com a cultura da mandioca se impressionaram com o desempenho da mandioca BRS Poti Branca na região e a importância da qualidade de manivas. “Adorei, adorei. Vou plantar se Deus quiser”, resumiu a lavradora do povoado de Roseira, Maria Rosa de Jesus, 59, que desde os 10 anos trabalha na roça.

Dinalva Cruz Silva, 55, e sua irmã Dionice saíram do interior de Ribeirão do Largo, a cerca de 85 km de Conquista, para saber da novidade e levar as manivas da nova espécie. “Desde pequena meu pai lavourava e, graças a Deus, até hoje lavouramos. É muito bom a gente aprender novas tecnologias”, disse a agricultora.