Fundação de Saúde
Postado em 11 de maio de 2017 as 14:19:45
Quando soube que estava grávida do seu primeiro filho, após três anos de espera, Joelma Mendes buscou se informar sobre amamentação na internet. “Ficava sempre buscando nos sites como era o aleitamento. Eu tinha medo também de não ter leite, porque meus seios são pequenos, então procurava na internet coisas assim”, confirma.
Depois que o pequeno Samuel nasceu, na última segunda-feira, 8, no Hospital Esaú Matos, ela tem recebido toda a orientação quanto ao aleitamento, tanto da equipe multiprofissional do Hospital, quanto do Banco de Leite Humano. “Me disseram que o leite materno é um alimento completo. Não preciso, nos seis primeiros meses, dar a chuquinha ou outro leite, a menos que precise mesmo. Me ensinaram como amamentar, como fazer , a limpar direitinho, e que o intervalo entre as mamadas não pode ultrapassar três horas”, revela.
Mesmo com toda a orientação, Joelma constatou alguma dificuldade ao amamentar. Por isso, na manhã desta quinta, 11, ela foi recebida junto com o Samuel pela coordenadora do Banco de Leite, Adriana Vasconcelos. Lá, a mamãe teve acesso a todas as instruções necessárias para garantir o bom aleitamento. Para Joelma, primar pela amamentação é fundamental: “É uma coisa inexplicável, só mesmo você passando por isso para saber. Não tem explicação, é bom demais.”
Adriana Vasconcelos explica a importância do leite materno para o bebê: “Ele vai garantir a boa hidratação, boa nutrição e algo que a gente não acha em outro alimento, que é proteção. O leite da mãe possui anticorpos, que são passados pelo leite”. Além disso, as mães também são beneficiadas com a amamentação. “Quando o bebê suga, garante para a mãe uma contração uterina, fazendo com que esse útero comece a invlouir e diminuir os riscos de sangramentos aumentados e hemorragia”, afirma.
A coordenadora do Banco de Leite lembra ainda que toda mulher possui uma dificuldade particular relacionada à amamentação. Por isso, além do atendimento prestado diariamente às mães internadas no alojamento conjunto do Hospital Esaú Matos, o serviço está de portas abertas para receber qualquer mamãe. “O Banco de Leite é um serviço público e especializado em aleitamento materno. Então, independente até de que essa mãe resida no município de Vitória da Conquista, ela vai ser muito bem recebida aqui. Mães que têm dificuldade com amamentação ou mães que estejam com produção excedente e queiram fazer doação desse leite”, destaca.
Confira as dicas e orientações do Banco de Leite para uma boa amamentação:
– Não se assuste com o baixo volume de leite logo após o parto. Nesse momento, o estômago do bebê ainda é pequeninho, e é natural o volume ser menor;
– Fique atenta aos sinais de fome do bebê. Toda vez que o seu filho estiver inquieto, chupando a língua ou a mão, é um indicativo de que ele quer mamar;
– Posicione o bebê de forma bem apoiada e segura para amamentar. Nesse momento, é importante que mãe e filho estejam confortáveis. A boca do bebê deve estar direcionada para a região da aréola do seio;
– Intervalos nas sucções são normais. O bebê vai mamar, e depois parar um tempo para engolir o leite e respirar;
– Observe os sinais de que o seu filho está realmente mamando de forma adequada: ele irá apresentar tranquilidade e sono após a mamada, além de fazer xixi de quatro a seis vezes por dia;
– Se sua mama apresentar fissuras ou ingurgitamento (excesso de leite nas mamas, popularmente conhecido como “leite empedrado”), é provável que o bebê esteja abocanhando fora da área onde o leite está armazenado.
Seja uma doadora! – Para doar o excedente do seu leite materno ao Banco de Leite Humano, basta entrar em contato com o serviço pelo telefone (77) 3420-6237 e manifestar o seu interesse. A equipe responsável irá até a sua residência fazer o cadastro e levar todo o material e orientações a respeito da ordenha e do armazenamento do leite. Depois, a equipe volta à residência para coletar o leite. Você também pode comparecer diretamente ao serviço, localizado no Hospital Municipal Esaú Matos.







