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Postado em 29 de março de 2017 as 12:10:14
Equipamentos operam na cobertura do entulho de forma exclusiva e permanente
Desde o dia 31 de janeiro, quando a Prefeitura de Vitória da Conquista e a empresa Torre assinaram um contrato em caráter emergencial, com vigência de 180 dias, houve algumas mudanças na gestão de resíduos, na coleta de lixo e na limpeza pública do município.
Entre essas alterações, inclui-se a gestão do aterro sanitário. Antes a cargo da Administração Municipal, o espaço passou a ser operado pela Torre, a quem também cabe a responsabilidade pela coleta de resíduos sólidos, além do reforço dos mutirões de limpeza e das ações de educação ambiental.
Registre-se que, em todas essas ações, a empresa é supervisionada pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Transporte – que, por sua vez, aciona para essa tarefa a Coordenação de Limpeza Pública.
O aterro, que recebe em média 300 toneladas de resíduos domésticos e comerciais por dia, passou a dispor de equipamentos exclusivos para a compactação e o tratamento do entulho depositado no local. Agora, o lixo é recoberto todos os dias. Uma caçamba e uma pá mecânica operam nessa tarefa de forma permanente, 24 horas por dia.
Assim que os caminhões compactadores chegam ao aterro, o lixo é despejado. Em seguida, o trator inicia um processo de adensamento do material. “O trator passa por cima, dá várias voltas. Ao invés de espalhar, ele adensa. Faz círculos com o trator, e ele consegue adensar de forma que, se chover, a água não penetra”, explica a engenheira sanitarista Márcia Amorim.
Segundo Márcia, o adensamento também reduz a umidade do lixo. “Diminui bastante a questão da proliferação de moscas. E atrai menos animais, como urubus”, informa.
A engenheira sanitarista atribui ainda outro resultado ao novo funcionamento do aterro. “Não é só a questão dos equipamentos, mas também a maneira como ele está sendo operado. A gente conseguiu, com essa nova operação, aumentar a vida útil daquela célula que está trabalhando. O aterro ainda tem muitas áreas para serem construídas novas valas. Mas, nesta vala que está sendo operada, antes a gente tinha mais um ano para poder trabalhar. Hoje, garantiram-se dois anos a mais. Então, nós temos três anos para trabalhar nessa vala”, informa.
A notícia a respeito do aumento da vida útil do aterro foi analisada pelo secretário municipal de Serviços Públicos e Transporte, Esmeraldino Correia. “Nós tivemos um ganho de mais dois anos. Significa uma folga de gestão de planejamento para a frente. E isto é bom. É fundamental”, avaliou.
‘Lucro’ – O secretário considera o aumento da vida útil do aterro como um “lucro para Vitória da Conquista”, e cita ainda outros serviços desenvolvidos na mesma área. Destaca a operação “Cata-Bagulho”, que já passou por dez bairros e, até o dia 20 de março, já havia recolhido 56.163 quilos de entulho. Parte desse material, que poderia ser reciclado, foi doado à cooperativa Recicla Conquista. O restante, que não poderia ser aproveitado, foi destinado ao aterro.
Com relação aos resíduos descartados por empresas da construção civil, no mesmo período foram recolhidas 5.461 toneladas de material.
“Eu friso sempre a educação ambiental, que é um ganho de esclarecimento nas comunidades, com a operação ‘Cata-Bagulho’”, afirma Esmeraldino. “Dez bairros já tiveram a visita desta operação de educação ambiental, traduzindo em qualidade de vida para a comunidade conquistense, o que é fundamental. Isso implica em saúde pública. Claro que limpeza pública, aterro sanitário, ações de ‘Cata-Bagulho’ são, sim, ações preventivas também no contexto da saúde pública”, conclui o secretário.