Agricultoras do Jardim Valéria participam de atividade voltada para o bem-estar emocional

A Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosan) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) mediou, nesta quarta-feira (21), uma visita técnica de estudantes do curso de Psicologia da Faculdade Independente do Nordeste (Fainor) à Horta Comunitária do Jardim Valéria. A visita teve como objetivo promover uma intervenção acadêmica voltada ao bem-estar emocional das agricultoras, ao mesmo tempo em que aproxima os estudantes da comunidade.

Segundo a coordenadora da Cosan, Karine Barros, ações como essa também fazem parte das estratégias do Governo Municipal para apoiar o trabalho realizado nas hortas comunitárias de Vitória da Conquista. “Foi um momento de troca de experiência enriquecedor. A visita proporcionou aos estudantes conhecerem as vivências das agricultoras e se aproximarem das hortas comunitárias. Do mesmo modo, promoveu o acesso das agricultoras a atividades terapêuticas que visam o autocuidado e o bem-estar. Então, foi uma ação duplamente benéfica”, afirmou a coordenadora.

O grupo de estudantes foi acompanhado pela professora do Curso de Psicologia da Fainor, Carine Aragão. De acordo com ela, os espaços das hortas comunitárias representam um campo de estudo rico, com manifestações artísticas e culturais. “Essa intervenção aqui é uma forma de aproximar os alunos da comunidade. A ideia da horta surgiu com a possibilidade de encontrar mulheres que, no seu trabalho, têm como destaque a construção de laços dentro da comunidade, a valorização do território e dos saberes que elas possuem. O intuito é justamente que as alunas possam, a partir dessa experiência aqui, entender as possibilidades de intervenção quando elas aparecerem em suas práticas profissionais”, explicou a professora.

Durante a atividade, as agricultoras participaram de duas oficinas: a primeira foi prática, com a pintura de caqueiros; e a segunda, uma roda de conversa sobre o impacto do trabalho realizado na horta na sociedade e a construção da identidade dos agricultores.

Uma das participantes da ação foi a agricultora Rosemary da Silva. Para ela, a ação ajudou a quebrar a rotina da horta e incentivou o autocuidado entre as trabalhadoras. “Eu gostei muito, foi bom ver o grupo todo reunido para essa atividade. Hoje, eu encontrei até as mais velhas, que é difícil eu levantar mais cedo e o horário não bate. A gente sempre está aqui para trabalhar e agora foi um momento voltado para a gente, nossas histórias e sentimentos. Foi um momento muito bom”, relatou a agricultora.