Desenvolvimento Social
Postado em 7 de novembro de 2024 as 08:30:04

Ação de conscientização do Novembro Negro realizada no Centro Pop Adulto
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) iniciou as ações da campanha municipal do Novembro Negro, que visa recordar e evidenciar lutas e resistências da população negra contra o racismo, preconceito, discriminação e desigualdades sociais. Durante o mês de novembro, serão realizadas diversas atividades que irão contemplar diferentes territórios de Vitória da Conquista.
A programação iniciou nessa quarta-feira (6), com uma roda de conversa com usuários do Centro de Referência Especializado de Assistência Social para a População em Situação de Rua (Centro Pop), mediada pelo coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Ricardo Alves. “A gente começou oficialmente agora as atividades do Novembro Negro, através do Centro Pop, porque a gente compreende a complexidade que é o serviço executado nessa unidade. A população negra, infelizmente, ainda é a grande maioria em situação de rua. Hoje, falamos de direitos sociais e de diferenças raciais também. E como é que a gente pode, de alguma forma, impactar positivamente a vida dessas pessoas”, explicou Ricardo.
- Ricardo Alves
- Mailza Aragão
Para a gerente do Centro Pop, Mailza Aragão, a ação teve o objetivo de sensibilizar e informar os usuários sobre a consciência negra, promovendo o respeito às diferenças raciais. “Nós pensamos em trazer as discussões do Novembro Negro não apenas por a gente ter um público, majoritariamente, da cor preta, mas para que a gente possa levar essa reflexão para todo o nosso público que está em situação de rua, para que ele possa refletir sobre a importância do tema”, afirmou a gerente.
A.S. está frequentando o Centro Pop há 8 meses. Para ele, a discussão sobre o Novembro Negro irá ajudar as pessoas que frequentam a unidade a refletirem sobre o racismo e a igualdade racial. “É importante. Sempre tinha que existir essa discussão. Eu, mesmo não sendo negro, já sofri muito preconceito por estar em condição de rua. E aqui a gente acaba ouvindo nossos direitos e ajuda a respeitar os direitos dos outros também”, ressaltou.