A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), em articulação com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promoveu mais uma oficina sobre plantas alimentícias não convencionais (Pancs). A oficina foi aplicada nessa quinta-feira (4) com o grupo intergeracional do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Cras Nova Cidade.

As oficinas sobre Pancs já foram ministradas com as agricultoras das quatro hortas comunitárias e no último mês passaram a ser aplicadas também com os usuários do Serviço de Convivência dos Cras. A gerente do Cras Nova Cidade, Regina de Deus, disse que a comunidade recebeu a proposta da oficina com entusiasmo. “Os usuários ficaram todos animados querendo entender o que são as Pancs. Algumas dessas plantas são de fácil acesso, mas as pessoas não sabem utilizar. Acho que essa articulação entre as secretarias é muito importante para levar conhecimento até as pessoas”, relatou Regina.

A coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional da Semdes, Karine Barros, destacou como essas oficinas corroboram para ampliar a visão das pessoas sobre alimentos que costumam ser descartados, possibilitando não apenas o aproveitamento total dos alimentos como também fontes alternativas de renda. “Ao promover oficinas sobre plantas alimentícias não convencionais, estamos não apenas ampliando o repertório culinário das pessoas, mas também incentivando práticas alimentares mais saudáveis e sustentáveis. Essa iniciativa possibilita o resgate e o aproveitamento de alimentos muitas vezes subutilizados, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional das famílias e comunidades”, destacou Karine.

Durante a oficina, que é aplicada pela equipe da SMS, a nutricionista Flávia Chaves auxiliou os usuários no preparo de um bolo utilizando capim-santo. Após a parte prática, a coordenadora da Vigilância Alimentar e Nutricional, Iasmin Lacerda, apresentou diversas plantas que podem ser consumidas e possuem valor nutricional, mas que são desconhecidas por boa parte da população. “Às vezes temos Pancs em casa e achamos que é uma erva daninha ou alguma planta que não serve para nada. Na oficina de hoje trabalhamos com o capim-santo, que na maioria das vezes é utilizado apenas no chá. Estamos com a proposta de fazer um bolo para utilizar as fibras. Isso ajuda as pessoas a descobrirem outras alternativas para os alimentos, uma forma de aproveitar o alimento de forma integral”, explicou Iasmin.

Andreia

Andreia Santos, que participa das atividades desenvolvidas no Cras Nova Cidade, gostou da nova experiência e espera que mais pessoas possam conhecer as plantas alimentícias não convencionais. “Eu não sabia que tinha várias plantas que podem ser utilizadas. Aprendi que posso usar para fazer bolos, sucos, recheios e doces, vai aumentar o meu repertório de receitas. É um excelente trabalho que precisa ser divulgado para mais pessoas”, afirmou.