Durante os meses de março e abril, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) e as Lojas Maçônicas visitaram as quatro hortas comunitárias de Vitória da Conquista para dar continuidade ao processo de fortalecimento do trabalho realizado pelos pequenos agricultores do município. A última visita desta etapa aconteceu nesta quarta-feira (16) na horta comunitária do Kadija.

Essa iniciativa é fruto do convênio assinado entre a Prefeitura de Vitória da Conquista e as Lojas Maçônicas Fraternidade Conquistense, Razão e Força, Rei de Israel, Semente de Luz, Filadélfia e Construtores da Fidelidade. A partir dessa parceria, além do suporte da Prefeitura, os agricultores das quatro hortas comunitária também terão orientações da maçonaria sobre como se juntar em torno de uma entidade unificada, com existência jurídica, estatuto e organização administrativa, a fim de estabelecer regras de gerenciamento dos espaços, facilitar a captação de recursos externos e tornar mais palpável a possibilidade de comercialização dos produtos.

De acordo com a coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional da Semdes, Karine Barros, o convênio representa mais um suporte para os pequenos agricultores. “Essa parceria com as Lojas Maçônicas veio agregar ao trabalho desenvolvido nas hortas comunitárias. O Governo Municipal vai seguir oferecendo suporte técnico para que os agricultores possam acessar políticas públicas e, as Lojas Maçônicas também serão nossas parceiras nesse processo”, pontuou Karine.

Nesta etapa do processo, os representantes das Lojas Maçônicas recolheram a documentação das pessoas que vão ficar à frente das associações de cada horta comunitária, escolhidas em uma eleição realizada pelos próprios agricultores. Para o venerável mestre da loja Fraternidade Conquistense, Giorgio Mariano, esse é um momento fundamental que irá fortalecer ainda mais a autonomia dos agricultores. “O primeiro passo é criar a associação para que eles possam ter direito à cessão do espaço, onde funciona a horta, a partir da abertura do CNPJ. Então, a partir desse momento, eles vão poder fornecer alimentos para entidades e vão conseguir apoio do poder público também. Tudo isso irá fortalecer o trabalho desenvolvido nas hortas”, explicou o venerável mestre.

A agricultora do Kadija, Maria Oliveira, relatou que, por muito tempo, os agricultores do Kadija desejaram criar uma associação. “A criação da associação vai possibilitar muitos benefícios e, para a gente, é muito importante esse apoio da maçonaria porque a gente não consegue fazer isso por conta própria. Foi algo que a gente discutiu por muito tempo e não teve condições de levar para a frente. Vai ser a melhor coisa que podia acontecer aqui”, contou dona Maria.