Por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e o Serviço em Abordagem Social (Seas) realizaram a formação “Trabalho Infantil e seus Impactos no Desenvolvimento”, nessa terça (19) e quarta-feira (20), no auditório do Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cidca).

A formação teve o objetivo de capacitar os profissionais que atuam na rede de proteção à infância e adolescência, para a identificação do trabalho infantil. “Esses trabalhadores estão na linha de frente da abordagem. São eles que vão às ruas e que têm os primeiros contatos com as crianças, com os adolescentes e, às vezes, com os familiares. Então é importante que eles sejam capacitados e munidos de instrumentos, dos aspectos teóricos e históricos que estão relacionados ao trabalho infantil”, explicou a articuladora do Peti, Carine Aragão.

Para que os serviços não ficassem desassistidos nesses dois dias, o público do curso foi separado em duas turmas. Além de aspectos teóricos, foram apresentadas aos participantes propostas de instrumentos práticos que irão auxiliar os profissionais na detecção e no encaminhamento adequado dos casos de trabalho infantil identificados em Vitória da Conquista.

Mickelle e Mateus

O educador social Mateus Lima, que participou da turma do primeiro dia, afirmou que espaços de discussão e aprendizado como esse são essenciais para o desenvolvimento do trabalho no dia a dia. “Claro que, na prática, a gente vai enfrentar coisas que, às vezes, a discussão não prevê. Porém, quanto mais a gente discute, lê ou debate o assunto, mais a gente vai estar preparado, chegando mais perto de alcançar aquela idealização de abordagem, aquela ideia de estar pronto para tudo”, disse.

Mickelle Xavier, educadora social, relatou que participar da formação foi fundamental para quem lida com situações de trabalho infantil. “A gente, que trabalha com abordagem, lida diretamente e diariamente com esse público, crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil nas ruas. Então uma formação como essa só nos ajuda na prática diária. É uma troca de aprendizado que nos dá a oportunidade de tirar dúvidas e de apresentar inquietações que nos aflige, assim a gente consegue trabalhar mais tranquilo, ciente que a gente tem um acompanhamento”, pontuou a educadora.