A Secretaria Municipal de Governo (Segov) deu início a uma série de atividades educativas com os apenados do projeto Começar de Novo, que incluem palestras, orientação psicológica e estímulo à inserção ao mercado de trabalho. Na tarde desta sexta-feira (20), os 22 integrantes da iniciativa se reuniram no auditório do Planetário Everardo Públio de Castro para a primeira palestra, abordando o tema “Ressocialização e Resiliência”.

A gestora da Segov, Geanne Oliveira, detalhou o objetivo da ação. “Depois de três anos de projeto, entendemos que, para além do trabalho que eles já desenvolvem para a Prefeitura, é preciso também chamar essa reflexão para a humanização, para o acolhimehto desses homens, que, com fé em Deus, um dia farão um outro percurso na vida deles”, disse.

A palestra sobre foi ministrada pela psicóloga Débora Rodrigues. “A gente trabalha essa questão da ressocialização, de esses detentos e sentirem pertencentes à sociedade, terem a chance de trabalhar e de mostrar o seu valor, de ter o aprendizado. A questão da resiliência é muito imortante no sentido de ele passar pela situação adversa e conseguir sair dela de forma positiva e fortalecido”, explicou.

“É muito bom a gente estar recebendo essa palestra, assim como o projeto também que nos envolve, pelo fato de a gente ser apenado e estar tendo oportunidade de regressar à sociedade com o olhar diferente. Porque nós, apenados, temos um bloqueio social que nos impede de retornar à sociedade, e esse projeto está sendo de extrema importância justamente por isso: para que a gente mostre que apesar termos errado, cometido atos ilícitos, nós também temos a capacidade nos regenerarmos”, afirmou Vanderlei Oliveira, integrante do projeto.

Outro que participa do projeto é Tiago Alberto Sousa, que através da renda que ganha trabalhando começou a cursar faculdade de Direito. Para ele, o Começar de Novo tem sido a oportunidade para os apenados se tornarem “pessoas melhores”. Segundo Tiago, “a Prefeitura, com o Governo do Estado e a Seap [Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização], está fazendo um trabalho maravilhoso. Porque esse trabalho de reeducação da gente é voltado também para a assistência à família, com essa ajuda do trabalho. E as pessoas precisam ver que nós somos pessoas também, independente de erro que cometemos”.