A Coordenadora Municipal de Saúde Mental, Thayse Fernandes, representou o Governo Municipal na audiência

Membros do poder público e representantes da sociedade civil, além de funcionários e familiares de pessoas com sofrimento mental estiveram presentes na audiência pública para discutir a mudança de perfil de atendimento do Hospital Estadual Afrânio Peixoto. O encontro, convocado pela Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, foi realizado na noite dessa segunda-feira, 3.

Para a presidente da comissão, a vereadora Viviane Sampaio, a ideia da sessão nasceu como uma necessidade de promover o debate nos diversos setores sociais. “A notícia sobre as propostas do Governo do Estado para o Hospital mobilizou a população, mobilizou a imprensa. Por isso, essa Casa decidiu tratar dessa mudança de perfil do Afrânio Peixoto”.

Entre os participantes do debate, estava o Executivo Municipal, que contou com a presença de gestores da Secretaria de Saúde. Ao se pronunciar sobre o tema, a Coordenadora Municipal de Saúde Mental, Thayse Fernandes, destacou que a Prefeitura se faz presente em todas as discussões sobre o tema, apoiando a preservação do hospital.

Na ocasião, Thayse lembrou que a atual gestão encontrou os espaços destinados ao atendimento de pacientes com sofrimento mental sucateados e inadequados para a demanda. Mas comunicou que a rede de saúde mental do município está sendo reestruturada, independentemente das questões relacionadas ao Hospital Afrânio Peixoto. “Os pacientes do Centro de Apoio Psicossocial (Caps II), que atualmente funciona no Hospital Crescêncio Silveira, serão atendidos em um novo espaço e retomaremos as obras do Caps III, que está sendo construído na Morada dos Pássaros”.

Para a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Monalisa Barros, as discussões em torno da mudança de perfil do Afrânio Peixoto são muito relevantes. “A reforma precisa ser debatida, precisa passar pelo Conselho Municipal de Saúde, que não foi consultado pelo Governo do Estado, precisa ser tratada com a sociedade e ser construída coletivamente junto com profissionais, familiares de pacientes e todos os setores que hoje respondem por essa política”.

Representando os familiares de pacientes com sofrimento mental, Maria Elisa Santos concluiu: “não temos interesse no retorno do sistema em que os pacientes fiquem internados por longos períodos, mas precisamos de locais onde existam leitos adequados e profissionais capacitados para o atendimento dessas pessoas e apoio aos seus parentes”.

Fotos: Ascom Câmara