Finanças e Execução Orçamentária
Postado em 11 de abril de 2025 as 17:10:28
Pelo segundo dia, representantes de municípios vizinhos, professores, estudantes universitários, secretários e servidores de Vitória da Conquista participaram do 1° Encontro ODS do Sudoeste da Bahia. Nesta sexta-feira (11), quatro oficinas foram realizadas no auditório do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima e tiveram em média um público de 300 pessoas. Pela manhã, os temas tratados foram: “A importância do desenvolvimento sustentável em todas as dimensões e o papel dos Governos Locais na sua implementação” e “Financiamento para o Desenvolvimento Sustentável”. Já à tarde, as oficinas falaram sobre “Planejamento Urbano Integrado” e “Localização dos ODS e a importância dos indicadores”.
A coordenadora do Programa Cidades Sustentáveis, Zuleica Goulart, aprofundou a respeito da importância do desenvolvimento sustentável para as cidades, considerando a dimensão social, econômica, ambiental e a parte de governança, na primeira oficina, e sobre o processo de localização, ou seja, como você alinha suas políticas e seus programas, durante a última oficina do evento. “Eu fiz um recorte do nosso índice de desenvolvimento sustentável das cidades para as pessoas entenderem, porque há desafios em todas as regiões do país. Porém, é evidente que nós temos um país extremamente desigual. Mas eu acho que é uma soma de esforço coletivo, a gente consegue avançar com uma agenda para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, disse Zuleica.
Nesta oficina, o secretário municipal de Finanças, Rodrigo Bulhões, apresentou como exemplo de implementação dos ODS o Plano Plurianual (PPA) 2026-2029, que está sendo elaborado levando em conta o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), Orçamento Sensível a Gênero, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Orçamento Criança e Adolescente.
- Secretário de Finanças e Zuleica
- Oficina sobre Planejamento Urbano Integrado
Zuleica encerrou o 1° Encontro abordando a metodologia de planejamento urbano integrado, visão de futuro, alinhamento das políticas públicas e inclusão da sociedade civil na tomada de decisão, “porque na realidade quem vai sofrer o impacto é a população em geral, então a gente precisa ter um olhar, ter uma escuta a respeito dos seus desejos, suas demandas. Normalmente, os indicadores são evidência da política pública e isso a gente considera fundamental, mas eu acho que a gente precisa ter um olhar para complementar essa decisão com a participação da sociedade civil”, comentou Zuleica.
Segundo ela, quase 67% das metas globais são de responsabilidade dos governos locais e subnacionais. “Então, o Município tem uma importância muito grande, principalmente essa que é a última gestão antes de 2030, que é o prazo da agenda. Os governos locais têm a capacidade de gerar essas transformações necessárias no território: reduzir as desigualdades, enfrentar as mudanças climáticas. Antes, a colega Clarice Cabral, de forma online, falou sobre os indicadores, detalhando os indicadores e a importância deles para a Agenda 2030.
- Ludmilla Araújo e Clarice Cabral
- Júlia Melo e Gabriella Costa
Já a representante da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), Júlia Melo, e a representante regional Lac no Fundo Mundial para Desenvolvimento das Cidades (FMDV), Gabriella Costa, no final da manhã, expuseram como os municípios podem obter recursos para implementar os objetivos. Entre os tópicos apresentados estão o levantamento da capacidade de pagamento do município, a atualização do tesouro nacional e as linhas de financiamento disponíveis.
“Nós pensamos como os participantes podem entender a maturidade do município em relação à questão de financiamentos voltados para os objetivos de desenvolvimento sustentável. Nesse encontro também a gente destacou as diferenças entre as oportunidades e os desafios dos municípios em relação às questões e desafios do financiamento, e então a gente espera que eles tenham saído daqui inspirados e empolgados para esses novos desafios frente às dinâmicas que a gente fez também”, disse Júlia. Ela agradeceu o convite e colocou a FNP à disposição para auxiliar os municípios a avançar na questão do financiamento com o objetivo da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Tatiana Oliveira e Natali Rosa
As estudantes de Geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Natali Rosa e Tatiana Oliveira, participaram das oficinas e aproveitaram as temáticas para suas pesquisas acadêmicas. “Eu vim aqui por causa de uma pesquisa de iniciação científica. Eu espero que tudo que foi abordado possa contribuir verdadeiramente para Conquista. Estou gostando de tudo que está sendo falado, é uma rede de aprendizado, uma troca muito legal entre todos os envolvidos”, disse Natali Rosa, que é de Planalto.
Já Tatiana, natural de Cordeiros, comentou que pretende pesquisar sobre planejamento urbano. “Vim participar e achei muito interessante que os órgãos governamentais se envolvam em eventos como esse, porque trazem uma dinâmica melhor para a cidade e tratam dos índices estaduais. É importante estar desenvolvendo um projeto desse em Vitória da Conquista como exemplo também para outros municípios do Sudoeste Baiano”, afirmou a universitária.
- Durante oficinas,
- participantes tiram dúvidas
- e expõem desafios