A Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio da Coordenação das Escolas do Campo e Escolas Nucleadas, promoveu formação para os professores com o tema “Decolonialidade em debate: repensar as práticas e transformar vidas!”, com o intuito de refletir sobre currículos e práticas pedagógicas da educação.

A formação foi conduzida pela professora licenciada e especialista em Geografia, e mestre em Ensino pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Poliana Rejane. De acordo com ela, a proposta é a de tratar sobre povos originários e populações afrodescendentes, e repensar currículos, incluindo outras culturas, assim como são estudados os povos europeus.

“Precisamos pensar outros caminhos, propostas que realmente atendam a diversidade dessa perspectiva crítica. É disso que eu falo, de alunos e alunas que trazem conhecimentos que são diversos, suas existências, e que precisam ser olhados dessa maneira pelas escolas e a partir desses currículos descolonizados”, explicou a professora.

Para o diretor das Escolas Nucleadas, Jutahy Carneiro, “a formação serve para preparar e qualificar ainda mais os professores”. Pelo mesmo motivo, também será feita com auxiliares de vida escolar, cuidadores e monitores.

A coordenadora pedagógica das Nucleadas, Lucinéa Gomes de Jesus, destacou sobre os 20 anos da promulgação da Lei 10.639, cujo texto determina que “nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileiras”.

“Esse trabalho que estamos iniciando hoje interessa a todos os cidadãos brasileiros. Nós precisamos, além de fazer uma política antirracista, ter essa atitude de promover o debate entre os profissionais da educação”, afirmou Lucinéa.