Um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti foi realizado na manhã de sábado (25), no distrito de São João da Vitória (Batuque), com 67 agentes de endemias visitando as residências e orientando a população sobre cuidados a tomar para evitar a proliferação do mosquito de dengue, zika e chikungunya. A ação foi acompanhada pela Operação Cata-Bagulho, da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesep).

Na última quarta-feira (22), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já havia realizado um mapeamento no distrito o com uso de um drone, que apontou uma grande quantidade de possíveis focos do mosquito nas residências, a exemplo de reservatórios de água abertos. Na sexta-feira, foi feita a borrifação da unidade de saúde local, como também dos imóveis em seu entorno.

No sábado, o trabalho foi feito de porta em porta, em cada residência. Uma parte dos agentes fez a inspeção das casas, avaliando possíveis focos do mosquito. Nos locais onde foram detectados, foi aplicado o tratamento com a pastilha larvicida. Eles também realizaram um trabalho educativo, explicando aos moradores os cuidados para evitar o acúmulo de água parada e orientando quanto aos sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Enquanto isso, outro grupo de agentes de endemias atuou na identificação de pessoas que adoeceram recentemente na comunidade, apresentando os sintomas de algumas das três doenças, para realizar a notificação.

A porta da casa de Lucileia foi uma das que se abriu para as equipes nesta manhã. “É zona rural, então precisa de visitas. A gente sempre tá procurando fazer a limpeza, aqui tem bastante foco, então a gente faz sempre a limpeza”, contou assistente de logística, que já foi diagnosticada com dengue há cerca de sete anos e faz questão de tomar todos os cuidado possíveis em sua residência.

Na casa de Milena, a prevenção ao aedes aegypti também está em dia. “É uma doença que pode causar a morte de uma pessoa, de uma criança. Acho muito importante esse trabalho que eles fazem, tanto na fiscalização como nas visitas”, avaliou. “Se a gente se proteger um pouco, a gente protege não só a gente, mas as pessoas da casa, os vizinhos, porque se picou ele pode picar outras pessoas. E é muito importante a gente ter esse tipo de cuidado”, completou.

De acordo com a coordenadora de endemias da SMS, Gabriela Andrade, para o trabalho ter sucesso é preciso a colaboração da comunidade. De acordo com elae, é realizado um registro das casas em que os agentes não conseguiram entrar, para que eles retornem posteriormente.

“Essa época de chuva é bem propícia pra o acúmulo de água, o que favorece o surgimento do Aedes. Então, é nesse momento que a gente pede pra população nos ajudar e ter cuidado nesse sentido. Não adianta o agente de endemias passar na residência, fazer o tratamento, e o usuário, o dono daquele imóvel, não ter cuidado com o seu quintal, com a sua planta, ou deixar reservatórios abertos acumulando água”, explicou.

Operação Cata-Bagulho

Em paralelo ao trabalho da equipe de endemias, profissionais da Sesep também realizaram a Operação Cata-Bagulho no distrito de São João da Vitória. O objetivo foi, além de promover o descarte adequado de entulhos, recolher materiais que podem se tornar focos de mosquito da dengue em caso de chuvas. A coleta também foi acompanhada por um trabalho de educação ambiental, para promover a conscientização dos moradores.