Desenvolvimento Social
Postado em 18 de junho de 2024 as 16:03:17

José Baez e seu filho conhecendo o espaço da escola
Uma articulação entre as secretarias municipais de Desenvolvimento Social (Semdes) e de Educação (Smed) tem garantido que crianças e adolescentes de famílias migrantes e refugiadas venezuelanas acessem a Política de Educação. As matrículas foram feitas graças à colaboração do Creas Central, que acompanha os migrantes, com uma equipe da Smed que foi até o domicílio das famílias realizar o cadastro.
Os estudantes tiveram o primeiro dia de aula na segunda-feira (17). Na ocasião, a equipe técnica do Creas Central acompanhou as crianças e o responsável familiar até a escola, para ensinar o caminho e também intermediar o diálogo com os professores e a diretoria da instituição.
Para a técnica de referência do Creas, Ludmilla Damaceno, a articulação em rede é necessária para garantir que essas pessoas tenham acesso a direitos básicos e a presença do Creas é fundamental para orientar os profissionais de ensino sobre as barreiras sociais e linguísticas enfrentadas por essas famílias. “O trabalho deve ser intersetorial e envolver as demais políticas públicas para que possamos garantir o acesso a direitos, promover autonomia e fortalecer os vínculos com essas pessoas. Esse é um trabalho que não vai terminar quando todas as crianças estiverem matriculadas, ele deve ser contínuo para que haja efetividade nas nossas ações”, explicou Ludmilla.
- Equipe acompanhando os estudantes no trajeto até a escola
- Material escolar entregue as crianças
Os alunos menores de 16 anos foram matriculados na Escola Municipal Professora Edivanda Maria Teixeira, que fica próximo à residência de algumas famílias de migrantes. Logo no primeiro dia, os novos alunos receberam material escolar, como canetas, caderno e estojo. “Fizemos uma pesquisa com os professores para que aqueles que têm mais domínio da língua espanhola possam atuar mais diretamente com eles, dando esse reforço. Também virá uma equipe da Secretaria de Educação para dar apoio e compreender melhor quais são as necessidades desses alunos. A partir daí vamos criar um plano de ação para ajudá-los tanto social quanto pedagogicamente”, afirmou a diretora da escola, Dayana Gomes.
- Ludmila
- Dayana
- José Luis
Para o responsável pela família e pai de um dos alunos, José Luís Baez, o acesso à educação vai ser muito positivo para que as crianças possam ter um futuro melhor. “Aqui é melhor para estudar porque as crianças podem ter um futuro. Eles já estudaram um ano quando morei em Recife e agora estão de novo na escola”, relatou José Luís.