Após o município ser contemplado pelo programa nacional “Movimenta Brasil contra dengue”, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o Instituto de Saúde e Ação Social (Isas) promoveram nesta sexta-feira (11), na Faculdade Santo Agostinho do Boulevard Shopping, a etapa de apresentação do projeto de formação dos agentes de endemias do município sobre métodos de controle das arboviroses, que envolve o uso de armadilhas tecnológicas para a captura do mosquito.

O Instituto de Saúde e Ação Social (Isas), entidade sem fins lucrativos, com sede na cidade de Feira de Santana e atuação em todo o Estado da Bahia, é conveniado ao Ministério da Saúde e foi designado para treinar os agentes. O convênio terá a duração de 12 meses e irá capacitá-los sobre o manejo dessas armadilhas que serão capazes de monitorar, com o auxílio de chips, a reprodução e o comportamento do mosquito Aedes Aegypti.

Alex

A apresentação do projeto ficou por conta do coordenador-geral de implementação de soluções inovadoras do Isas, Alex Correia, que salientou a importância do trabalho conjunto entre os poderes públicos para mitigar os impactos provocados pelas arboviroses. “Essa capacitação vai abranger várias áreas, desde a área entomológica, epidemiológica à área tecnológica, pois são capacitações direcionadas às três armadilhas para o mosquito. A gente quer trazer essa alternativa e capacitar os profissionais sobre a importância do controle do vetor”, explicou Alex.

De acordo com a subsecretária municipal de Saúde, Kalilly Rocha, apesar de Vitória da Conquista já ter reduzido os números de casos relacionados ao Aedes Aegypti com relação ao ano passado, o uso da tecnologia auxiliará ainda mais na prevenção. “Temos dados que apontam uma diminuição considerável dos casos em relação ao ano passado e isso é algo positivo. Embora isso não nos faça crer que resolvemos o problema, identificamos que estamos no caminho certo e que precisamos intensificar ainda mais este trabalho”, salientou Kalily.

Cerca de 80 agentes municipais de endemias participaram da apresentação e demonstraram interesse em buscar métodos de prevenção à doença. Para o supervisor de endemias, Joseilton Ferreira, os agentes estão mobilizados na busca de conhecimento para diminuir a infestação e a incidência da doença na cidade. “Os agentes estão aqui fazendo a parte deles, que é um trabalho coeso, como uma frente de batalha que vai a campo e que luta todos os dias com o intuito de combater esse mosquito. Por isso que a gente pede encarecidamente que a população seja parceira dos agentes”, destacou Joseilton.

O coordenador municipal de Endemias, Renato Freitas, salientou que os agentes e a coordenação continuam vigilantes ante o risco e a quantidade de mosquitos que é alta no município. “A gente tem que usar essas tecnologias para tirar a quantidade de mosquito dos ambientes. Não podemos baixar a guarda. Temos 80 localidades, entre bairros e loteamentos, desses, 53 tem índice de infestação, que vai de 0,5% a 16%, o que corresponde a um risco. A gente está apostando nessas ações de prevenção, mesmo porque são armadilhas novas que estão entrando no mercado agora”, declarou Renato.

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