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Postado em 8 de maio de 2017 as 08:16:23
“Quando eu cheguei e me disseram que iam fazer o parto, eu fiquei assustada, porque era prematuro, de oito meses.” Esse é o depoimento de Taciana da Silva, que há cerca de 20 dias deu a luz a Heitor, no Hospital Municipal Esaú Matos. Depois de 24 horas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), o seu bebê foi transferido para a Unidade Semi-Intensiva e permaneceu por lá nos primeiros dias de vida. “Aqui eles me deram um apoio enorme, atenção, e o acompanhamento nos dias do resguardo foi maravilhoso”, descreve.

Taciana e o seu marido, Hennoc da Purificação, junto ao pequeno Heitor na Unidade de Terapia Semi-Intensiva
Mãe pela primeira vez, Taciana conta que essa experiência tem transformado sua vida. “Tem mudado muita coisa, como a questão da responsabilidade. O amor também triplica dentro da gente, ainda mais por esse transtorno de ter que estar vindo ao hospital. Eu sei que é o melhor pra ele, mas a gente acaba sofrendo um pouquinho”, afirma. Sobre o seu primeiro Dia das Mães, o desejo é claro: “Espero já estar com ele em casa. Cheio de amor, carinho e aconchego.”
Enquanto esteve internado na UTI, o pequeno Heitor era amamentado pela mãe durante o dia. Depois que ela retornava para casa, às 20 horas, ele era alimentado por meio do Banco de Leite Humano. Ele é um dos 148 bebês que já foram beneficiados pelo serviço este ano, até o mês de março. No total, foram 263 litros doados por 148 mães, resultando em 212 litros de leite distribuídos até então.
Camila Santos é uma das mulheres que torna essa realidade possível. Mãe de Luiza, de 7 meses, ela procurou o Banco de Leite após constatar o excedente em sua produção de leite materno. Também mãe pela primeira vez, ela conta como é estender a maternidade a outros bebês, que estão na UTI: “É muito emocionante e gratificante poder ajudar outras crianças que estão precisando do leite. É muito amor, uma coisa inexplicável.”
A coordenadora do Banco de Leite, Adriana Vasconcelos, revela o cuidado com as mães que necessitam do serviço, visto que elas normalmente vêm de um contexto bastante delicado. “Elas aguardam o seu bebê durante a gestação e não imaginam que ele possa nascer prematuro, ou com algum problema, que tenha que vir a ficar na UTI. E aí vem o apoio e amparo de toda a equipe”, explica.
Seja uma doadora– Para doar o excedente do seu leite materno ao Banco de Leite Humano, basta entrar em contato com o serviço pelo telefone (77) 3420-6237 e manifestar o seu interesse. A equipe responsável irá até a sua residência fazer o cadastro e levar todo o material e orientações a respeito da ordenha e do armazenamento do leite. Depois, a equipe volta à residência para coletar o leite. Você também pode comparecer diretamente ao serviço, localizado no Hospital Municipal Esaú Matos.