Educação
Postado em 27 de maio de 2013 as 12:50:36
A atividade reuniu jovens de bairros como Alto Maron, Guarani, Cruzeiro e Pedrinhas
Um grupo de estudantes da Escola Municipal Cláudio Manuel da Costa participou, na noite desta sexta-feira, 24, de uma atividade do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem Urbano), no qual estão inscritos. A programação incluiu um bate-papo sobre segurança pública e uma palestra que tratou das relações interpessoais no ambiente profissional.
O encontro faz parte de um ciclo de palestras de que os jovens do ProJovem Urbano estão participando. “As palestras foram pensadas para que pudéssemos aliar a teoria à prática. Esse é um momento que os alunos têm para visualizar aquilo que eles veem na sala de aula”, explicou o educador Edson de Matos, que no programa é responsável por trabalhar com os alunos a parte de Administração.
A primeira etapa das atividades foi coordenada pelo capitão Hilderim Tomás, comandante da Base Comunitária de Segurança do bairro Nova Cidade, acompanhado pela soldada Adriana Gomes, do Corpo de Bombeiros. O fato de a maioria dos jovens ali presentes serem moradores de bairros como Guarani, Pedrinhas, Alto Maron e Cruzeiro, localizados na área de atuação da Base Comunitária de Segurança contribuiu para o melhor aproveitamento da atividade.
“Vamos utilizar várias estratégias para nos aproximarmos da comunidade e trazê-la para perto de nós. Juntos, vamos promover uma maior qualidade na segurança pública”, afirmou o capitão Hilderin. “Quem conhece bem as deficiências é a comunidade. Não podemos trabalhar com segurança pública sem ouvi-la e sem estar perto dela”, acrescentou o militar.
A soldada Adriana considerou importante o diálogo com os jovens. “Inseri-los na discussão é de suma importância para que tenhamos uma segurança e um futuro melhores. Não podemos trabalhar isolados, temos de ver quais são as ideias que eles podem trazer”, observou Adriana.
Coube à professora Sueli Gonçalves ministrar a palestra sobre relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho. “Tentamos, junto ao grupo, desenvolver ideias com as quais possamos minimizar as diferenças e atritos que existem nesse ambiente”, explicou Sueli.
‘Estou entusiasmado’ – O estudante Rodrigo Ferreira, de 22 anos, morador do bairro Jurema, é um exemplo dos reflexos do que o ProJovem Urbano pode provocar na vida de quem participa das atividades do programa. Após quatro anos sem estudar, ele voltou à sala de aula na Escola Municipal Cláudio Manuel da Costa, onde está concluindo o Ensino Fundamental. Simultaneamente, trabalha como multioperador numa fábrica de calçados.
No programa, Rodrigo encontrou a oportunidade que procurava. “É uma chance de a pessoa mudar e conseguir algo mais e melhor. É para pessoas como eu, que tinham parado de estudar e tiveram a oportunidade de voltar”, explicou. “Estou muito entusiasmado. Quero fazer o Ensino Médio e ter uma carreira profissional. E tudo isso começou pelo ProJovem”.
O programa – O ProJovem Urbano destina-se a promover a inclusão social dos jovens brasileiros de 18 a 29 anos que, apesar de alfabetizados, não concluíram o Ensino Fundamental, buscando a reinserção deles na escola e no trabalho. A carga horária do programa é de duas mil horas, a serem cumpridas ao longo de dezoito meses letivos. O ProJovem oferece formação no Ensino Fundamental, cursos profissionais, aulas de informática e auxílio de R$ 100 por mês.












