Educação
Postado em 31 de janeiro de 2025 as 16:59:11 e atualizado em 3 de fevereiro de 2025 as 16:26:31
Chegou ao final nesta sexta-feira (31), a Jornada Pedagógica visando o ano letivo de 2025, que se inicia na segunda-feira (3). Desde quarta-feira (29), professores, coordenadores pedagógicos e gestores estiveram reunidos refletindo sobre a temática do encontro, que versou sobre educação antirracista, e alinhando, discutindo e conversando sobre as melhores alternativas pedagógicas para o ano letivo que se inicia.

Promovido pela Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), o encontro reuniu, no primeiro dia, um público recorde de aproximadamente 3 mil pessoas. E a partir do segundo dia, os profissionais se reuniram em suas respectivas escolas, para dar continuidade às atividades. Já os profissionais das escolas nucleadas participaram da jornada no Foyer do Planetário Professor Everardo Públio de Castro.
A prefeita Sheila Lemos fez uma avaliação positiva do evento e destacou a importância do tema, que reafirmou a missão do Governo Municipal de construir uma escola que respeite, valorize e promova a diversidade em todas as suas formas. “Essa missão é compartilhada por todos nós – Governo Municipal, professores, pais, e toda a comunidade escolar. Cuidar e transformar a vida das nossas crianças é obrigação de todos nós”, ressaltou.
O secretário Edgard Larry considerou a jornada como histórica, pela participação efetiva de todos professores da rede, pelo nível de engajamento e comprometimento dos profissionais, principalmente no trato com o tema proposto. “Foi um evento participativo, com um debate maduro sobre um tema necessário que faz parte da nossa realidade. Os professores abraçaram essa causa, esse desejo de trabalhar por uma educação antirracista. A jornada deste ano ficou para a história”, disse Larry.

Lucinéa
De fato, o tema agradou os professores, principalmente aqueles que atuam em escolas da Zona Rural e das comunidades remanescentes de quilombos. Para a coordenadora pedagógica das escolas nucleadas, Lucinéa Gomes de Jesus, mesmo com a aprovação da Lei nº 10639/2003, que trouxe a obrigatoriedade do ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira, e a Lei nº 11645/2008, que rege sobre o ensino da Cultura Indígena no sistema educacional brasileiro, a temática tem sofrido baixas quanto à inclusão no currículo escolar nas duas últimas décadas.
“A gestão das escolas nucleadas abraça a causa e promove roda de diálogos com profissionais da educação e comunidade escolar em parceria com a Uesb e com o Instituto Búzios, por compreender que o resultado da aprendizagem está ligado à atenção dada à reparação das desigualdades étnico-raciais”.
Atualmente, dos 25 professores que atuam nas escolas nucleadas, 14 foram aprovados e convocados para cursar a Segunda Graduação em Educação do Campo/Parfor/Uesb. “Estas são algumas das ações que visam o fortalecimento de uma educação antirracista”, destaca a coordenadora.

Jutahy
O diretor das escolas nucleadas, Jutahy Carneiro Oliveira, considerou a abordagem da temática étnico-racial como fundamental para a construção de uma comunidade mais justa e igualitária. “A valorização da diversidade, o reconhecimento da história e cultura dos povos afrodescendentes e indígenas, bem como a desconstrução do racismo estrutural, são essenciais para a formação dos nossos alunos críticos e conscientes”.
Nas escolas da Zona Urbana, o sentimento foi o mesmo. A diretora da Escola Municipal Vicente Cassimiro (Bem Querer), Lucineia Andrade Dias, considerou a jornada um momento ímpar de reencontro com os professores, de planejamento e busca de estratégias para fazer com que o ano letivo flua bem em todos os sentidos, inclusive com o objetivo de trabalhar uma educação antirracista. “Tudo organizado para conseguirmos dar sequência naquilo que planejamos. Muito importante este momento de reflexão, de escuta dos colegas, de cuidado e atenção para trabalhar bem o ano com leveza e responsabilidade”.
Vice-diretora da Escola Municipal Mozart Tanajura, Márcia dos Santos Silva Souza explicou que a programação na escola seguiu com muitas dinâmicas, textos e procedimentos para início do ano letivo, principalmente em relação à proibição do uso de celular pelos alunos na sala de aula. “Os professores traçaram uma rotina diária, um planejamento conjunto para decidir como agir em relação ao celular, porque vai haver resistência por parte do aluno que já estava acostumado a ter acesso ao aparelho do seu lado. Então, houve consenso de como os professores deverão agir para cumprir a lei sem gerar conflitos na escola”.
A Rede Municipal de Ensino tem 53 escolas urbanas, 64 rurais e 32 Cmeis e creches conveniadas, totalizando 149 unidades. Com os gestores, são mais de 2 mil professores, aproximadamente 270 pedagogos, e mais de 500 auxiliares de vida escolar.
- Professores Nucleadas
- EM Vicente Cassimiro (Bem Querer)
- Lucinéia, e representando a Smed, Fabíola e Lucas do Núcleo Pedagógico
- Professores reunidos…
- …na EM José Mozart Tanajura…
- …e a vice diretora Márcia participando das discussões
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