No Hospital Municipal Esaú Matos, administrado pela Fundação Pública de Saúde de Vitória da Conquista, o serviço de Intervenção Precoce do Lactente de Risco tem papel essencial no acompanhamento de bebês prematuros ou que enfrentaram intercorrências nos primeiros dias de vida. O objetivo é acompanhar de perto o desenvolvimento neuropsicomotor, prevenindo atrasos.

Nesse sentido, segundo a fisioterapeuta Carolina Brito Novais, “esse acompanhamento é feito para que a criança se adeque ao desenvolvimento motor esperado para a idade de vida ou idade corrigida”. Assim, o serviço atende bebês nascidos no Esaú Matos — em especial prematuros que passaram pela UTI ou semi-intensiva neonatal — além de bebês que nasceram com mais de 28 semanas de idade gestacional, desde que não tenham histórico cirúrgico ou de ventilação mecânica prolongada.

De acordo com a fisioterapeuta Juliana Lessa todo bebê prematuro possui o risco de ter atraso motor. “Por isso, nosso trabalho é fazer a vigilância do desenvolvimento motor desses bebês, estimulá-los, bem como orientar os pais para que o atraso não aconteça”, explicou a profissional.

As sessões podem ser semanais, quinzenais ou mensais, de acordo com a evolução da criança e a participação da família. Somente no primeiro semestre de 2025, foram realizados 641 atendimentos. Em média, o acompanhamento dura cerca de um ano, até que a criança alcance a marcha independente — momento em que recebe alta.

A experiência de Neivili Marques, moradora do bairro Henriqueta Prates, é exemplo da importância desse serviço. Seu filho, Symon Lorenzo, hoje com 1 ano e 1 mês, nasceu no Esaú Matos com apenas 34 semanas e 1,5 kg, permanecendo 30 dias internado. “O desenvolvimento dele foi maravilhoso aqui no Esaú. A equipe de fisioterapia é incrível, sempre com muito carinho e atenção. Estou muito alegre com a alta dele, é uma felicidade que nem sei explicar”, contou emocionada.

Symon e Neivili

Novo espaço:

O serviço de Intervenção Precoce do Lactente de Risco começou em uma sala pequena, no início de 2022. Em agosto deste ano, ganhou um espaço maior e mais estruturado, oferecendo liberdade para os bebês, maior conforto e melhores condições de trabalho para a equipe.

“Na outra sala fizemos muita coisa, muitos milagres aconteceram ali, mas sempre sonhamos com um espaço maior”, relembrou Carolina. Juliana completou: “Agora, conseguimos oferecer ainda mais qualidade com a nova estrutura.”

Para a diretora-geral do hospital, Ceres Almeida, a ampliação representa um grande avanço: “Aumentamos nossa capacidade de atendimento e garantimos melhores condições para o desenvolvimento das atividades. É mais um passo na consolidação do Esaú como referência em serviços especializados de excelência.”