Apresentar e discutir o legado da cultura afro-brasileira nas escolas. Esse é um dos objetivos do projeto “Trançando Africanidades – Vivências Afro-brasileiras na Rede Municipal de Educação de Vitória da Conquista”, desenvolvido pela Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria Municipal de Educação.

O projeto, que segue até o dia 23 de novembro, homenageia os países africanos de língua oficial portuguesa, com ações de ressignificação e valorização do legado africano nas escolas públicas municipais. Como parte da programação, alunos da Escola Municipal Frei Serafim do Amparo participaram, na noite desta terça-feira (13), de atividades culturais. Na oportunidade, os presentes assistiram a apresentações de capoeira do Projeto Educarte e conheceram mais sobre essa forma de expressão cultural e símbolo de resistência.

O Professor de História da Escola Frei Serafim do Amparo, Iranildo Ferreira, lembrou que a temática está sendo discutida por meio de filmes, trabalhos artísticos, palestras e exposições. “Muitas vezes quando falamos de povos africanos nos lembramos da escravidão e do sofrimento, mas este projeto reforça as contribuições deste povo na música, na arte, na cultura, na economia. Estamos abordando também as belas paisagens existentes nos países africanos”, ressaltou.

Iraci Pereira e Reginaldo Ribeiro: “aprovamos o projeto.”

Para a coordenadora do Núcleo de Diversidade da Secretária Municipal de Educação, Greissy Reis, o projeto está cumprindo o seu objetivo. “Estamos trazendo para a pauta pedagógica das escolas as discussões sobre africanidades, as influências dos povos africanos e as relações étnicas buscando, entre outras coisas, o combate ao racismo”.

Os estudantes aprovam a iniciativa. Aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Reginaldo Ribeiro, acredita que projetos como esses contribuem para a redução do preconceito. E Whtanna Queiroz, também aluna da EJA, completou: “além de mim, meus três filhos, de 13, 11 e 9 anos estudam aqui na escola e estão envolvidos com o projeto. Em casa discutimos o que aprendemos aqui, estamos lendo mais e assistindo a filmes sobre o assunto. Essas discussões estão sendo levadas para outros membros da nossa família,  nos tornamos multiplicadores”, destacou.

Whtanna Queiroz: “nos tornamos multiplicadores.”