Alunas do curso de Doulas Voluntárias do Hospital Esaú Matos

Um dia de serviços e aprendizado para a comunidade do Nossa Senhora Aparecida. O Conselho Municipal da Mulher e o Núcleo Célula Máter da Uesb realizaram uma ação social de combate à violência contra a mulher na Escola Municipal que leva o nome do bairro.

“Pensamos com esta ação não só cuidar da mulher agredida, mas cuidar das crianças nas escolas. Se a gente começa da base, amanhã não teremos um agressor. Estamos combatendo a violência e educando essas crianças”, declarou a coordenadora do Projeto Célula Mater e presidente do Conselho Municipal da Mulher, Arlene Ribeiro.

Atendimento jurídico, de saúde básica e serviços de estética marcaram a programação. Oficinas e palestras também foram ministradas. Alunas do Curso de Doulas Voluntárias do Hospital Esaú Matos, por exemplo, conscientizaram os participantes acerca do papel da doula no trabalho de parto, além de falar sobre prevenção à gravidez e às infecções sexualmente transmissíveis (IST).

A enfermeira obstétrica Christianne Schetinni conversa sobre prevenção à gravidez com jovens e adolescentes

Para a enfermeira obstétrica Christianne Schetinni, supervisora do Serviço de Doulas Voluntárias do Esaú, a presença do serviço no evento serve para incentivar o parto humanizado no município. A profissional explicou que a doula traz para a mulher uma melhor experiência de parto, a redução da dor, a redução de intervenções e a redução da necessidade de cesariana. “O acompanhante tem um envolvimento afetivo que muitas vezes o impede de atuar de uma forma mais efetiva na hora do parto. Já a doula consegue manejar a gestante durante o trabalho de parto. Isso facilita a passagem do bebê e consequentemente o tempo do trabalho de parto é reduzido”, completou.

Daiane Ribeiro, 26 anos, comprova a necessidade de ter essa pessoa para orientar e assistir a nova mãe no parto e nos cuidados com bebê. “Meu marido já foi, mas ficava lá fora, nunca entrou comigo. Se tivesse uma pessoa assim [como a doula], seria melhor”, diz, com domínio, a jovem mãe de quatro filhos.

Daiane Ribeiro, 26 anos: “Se tivesse uma pessoa assim [como a doula], seria melhor”

Essa é a segunda turma do Curso de Doulas Voluntárias. São 26 doulas em treinamento. Atualmente, elas estão na segunda fase, que corresponde a 144 horas de assistência direta à gestante. O curso ainda teve 72h de aula teórica e oito horas de supervisão. A primeira turma formou 21 doulas.