Na oportunidade, estavam presentes os parentes dos educandos, convidados para fortalecer a integração familiar

*A fim de preservá-los, todos os personagens citados a seguir serão identificados por nomes fictícios.

“Estou com a minha avó e com minha tia aqui, e isso é maravilhoso”. Foi a primeira frase que a educanda Bruna*, de 13 anos, expressou quando começou a falar sobre o almoço oferecido para os usuários do Centro de Referência Especializada de Assistência Social para a população infantojuvenil em situação de rua (Creas Pop Criança e Adolescente) e seus familiares. “Quero que seja sempre assim”, complementou a adolescente. O encontro, que aconteceu nesse domingo, 22, na sede do serviço e intitulado como Almoço em Família, é uma das iniciativas da instituição que tem como principal objetivo a reinserção familiar.

Usuários do serviço e seus familiares almoçam em conjunto

Para o psicólogo Ualy Castro, coordenador do Creas Pop, a ação une o útil ao agradável. “Cumprindo o nosso planejamento anual, nos reunimos com as famílias a cada dois meses. Em junho, aliamos esse encontro às festividades juninas”. O projeto acolhe cerca de 20 pessoas com idades entre 10 e 18 anos, exclusivamente, e funciona em regime de abrigo. “Os educandos optam por estar aqui. O que gera na família uma segurança e conseguimos cumprir com nossa proposta”, afirma o coordenador.

No Creas Pop, também, as crianças e adolescentes são encaminhados a escolas. É o que comprova a avó de uma das educandas. “As crianças são bem educadas e aconselhadas aqui. Vejo que minha neta mudou bastante desde que conheceu o Creas Pop. A organização está de parabéns, e eles são bem próximos da gente. Sempre nos convidam para conversas e eventos”, falou bastante reconfortada.

‘Multiplicidade’ – Para que as ações ocorram a contento, o Creas Pop conta com o apoio de uma equipe de múltiplos profissionais: psicólogos, pedagogos, educadores sociais, educador físico, nutricionista, cozinheiras, pessoal do suporte, entre outros. “Esse grupo está sempre disposto a fazer o contato diário, de rotina, de conversa”, conta o coordenador do projeto, que também faz referência ao tratamento dado a cada um dos educandos. “Nossa ação é pautada na busca de oferecer a essas crianças e adolescentes respeito e reconhecimento enquanto pessoas que podem fazer o bem, a começar por elas mesmas”.