Pais e adolescentes conversam sobre automutilação

Na tarde desta quarta-feira (24), o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Nova Cidade realizou roda de conversa sobre automutilação para pais e adolescentes que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) da Praça Ceu’s.

O encontro teve como facilitadora a psicóloga do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Naianni Fortenelle, que apresentou informações sobre a automutilação entre os jovens. “No Brasil os dados mostram que um em cada seis adolescentes já fizeram alguma autolesão/automutilação e cerca de 5% mantém este comportamento, mais comum no gênero feminino”, informou Naianni explicando que existem vários fatores que levam os adolescentes a este tipo de comportamento como a dificuldade de lidar com a angústia e também como forma aliviar a tensão.

A psicóloga Naianni explicou como ocorre a automutilação

Segundo a gerente do Cras, Carla Mascarenhas, a atividade foi pensada devido aos relatos da equipe quem tem recebido inúmeros casos deste tipo de comportamento no serviço. “Este é um problema mais comum do que a gente imagina e como tem sido frequente, nós resolvemos convidar a psicóloga do Nasf para falar deste assunto com os adolescentes e com os pais para ficarem atentos aos sinais de que seus filhos possam está fazendo isso”, ressaltou Carla.

A automutilação envolve agressão direta ao próprio corpo, sem intenção suicida e por razões não socialmente ou culturalmente compreendidas. Maria Clara de Almeida (16) que participa do grupo de adolescente da Praça Ceu’s conta que já ouviu muitos relatos de automutilação. “Isso é muito comum, mas não é debatido na escola, ninguém fala sobre isso, então hoje foi muito importante pra gente poder entender e conversar com os amigos”, salientou Clara.

Clara disse que o problema existe mas é pouco discutido entre os jovens