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Postado em 21 de maio de 2018 as 17:40:30

O coordenador de políticas LGBT, José Mário Barbosa
Em celebração ao mês da diversidade, a Coordenação LGBT promoveu nesta sexta-feira (19) uma roda de conversa sobre o incentivo a políticas de direito e saúde para a comunidade do município e discussão sobre a LGBTfobia.
A palestra faz parte de uma série de ações da gestão para sensibilizar a população para a manutenção dessas políticas. Hoje, Vitória da Conquista é referência no estado sobre o assunto.
De acordo com o coordenador de políticas LGBT, José Mário Barbosa, o objetivo dessas atividades não é desconstruir a ideologia do outro, mas fazer a multiplicação de ações que visem compreender o acolhimento e aceitação. E lembra que Vitória da Conquista tem investido e fomentado essas políticas com rodas de conversas, debates, oficinas em escolas e empresas, além de conversas com líderes religiosos, comunitários e de movimentos sociais. “A sigla serve apenas para lidar como uma pauta de movimento, mas na verdade nós somos cidadãos. Não podemos esquecer disso”.

O advogado Cae Matos: “é importante incluirmos a pauta LGBT não só nos eventos LGBTs”
Segundo o advogado Cae Matos, que palestrou sobre a efetivação dos direitos LGBT, a lei sozinha não é capaz de conscientizar os indivíduos, o que se necessita é de um trabalho de conscientização e de educação. Para isso, é necessário que mais espaços de discussão sejam criados, e que dentro deles não haja disputa de poder ou por bandeiras, mas que sejam realizados debates de forma madura e respeitosa sobre o tema. E completou dizendo que “é importante incluirmos a pauta LGBT não só nos eventos LGBTs”.
Hormonioterapia – Outro ponto abordado foi a hormonioterapia em transgêneros. Conforme a explanação do endocrinologista especializado nessa terapia, Dr. Jonathan Andrade, a discussão sobre o método é muito importante pois os índices de automedicação são altos em decorrência muitas vezes da troca de experiências e vontade de se libertar das amarras impostas pelo próprio corpo. E ressaltou a importância da informação ser uma aliada no combate aos agravos causados por essa prática: “Toda oportunidade que o poder público abra para que as pessoas tenham acesso a informação é muito válida. É muito importante sinalizar quais são os riscos da automedicação para que eles criem a cultura de ter o cuidado de não ficar longe do sistema de saúde”.
Como forma de mostrar que o público trans não só está presente, mas também precisa de espaços de discussão e aprendizagem, Júlio Castro compareceu e assistiu atento à palestra. Segundo ele, é uma questão de coletividade na medida que isso representa um avanço para a comunidade e de individualidade, pois ela tratou sobre questões jurídicas e de direitos humanos e sobre a hormonioterapia ao qual faz uso. “Às vezes não tem a oportunidade de perguntar a alguém que entenda da área ou tenha propriedade para falar daquilo. Então essa é a importância de tirar as dúvidas e agregar conhecimento sempre para saber pelo que lutar e mais que isso como lutar!” frisou.

A plateia assiste, atenta, à roda de conversa
Representando o Gabinete Civil, a secretária de Comunicação, Lu Macário, expressou a preocupação do governo em apoiar causas ligadas ao empoderamento do cidadão dando espaço e voz para a diversidade. “Nunca se viu a comunidade LGBT tão bem representada dentro do governo. Ficamos muito feliz de ver as atividades avançando e tendo um impacto social positivo na sociedade”, comemorou.







