O Conservatório Municipal de Música de Vitória da Conquista destacou aproximadamente 70 alunos para o já tradicional recital de final de ano, cuja programação foi dividida em dois dias: hoje (14), na sede do CMM, com estudantes de saxofone, flauta, violão clássico, teclado e piano; e amanhã (15), no Centro de Convivência do Idoso, quando será a vez dos que se dedicam às aulas de violão popular, viola, ukulelê e guitarra. O segundo dia também terá a participação do coral infantojuvenil.

Como ocorre anualmente no evento, os estudantes fazem demonstrações do que estão aprendendo em seus respectivos cursos, tendo colegas e familiares de plateia. Dos que participam da programação deste ano, 29 são concluintes e também recebem certificados. O número total de alunos matriculados no CMM, atualmente, está próximo de 300.

“Além de os alunos mostrarem o que eles estudam durante todo esse tempo, o recital é um momento também de interação entre eles e os colegas”, explica o coordenador do CMM, Alex Lacerda, informando que alguns números musicais são protagonizados por estudantes de cursos diferentes, o que amplia a troca de experiências e conhecimentos. “É um momento de confraternizar, também, por ser final de ano e próximo ao Natal. E, ainda há a importância de a família estar presente, incentivando esses alunos a continuarem os estudos”, destacou Alex.

Irmã Simone acompanha, ao piano, a execução de “Noite Feliz” com os professores Bruno Barbosa (violão) e Joadson Bomfin (flauta)

A Irmã Simone Martins, 33 anos, estudante de piano há cerca de um ano, teve no recital sua primeira experiência de tocar diante do público. Ela participou de uma apresentação de “Noite Feliz”, versão brasileira escrita pelo padre alemão naturalizado brasileiro, Pedro Sinzig (1876-1952), para o hino de origem austríaca “Stille Nacht”, composto em 1818 por Joseph Mohr (1792-1848) e Franz Xaver Gruber (1787-1863).

Irmã Simone acompanhou ao piano, enquanto os professores Joadson Bomfin e Bruno Barbosa tocaram, respectivamente, flauta e violão. “Eu me sinto realizada em poder demonstrar para o público o fruto de um esforço pessoal. Não só meu, mas também do professor Joadson, que colabora com cada aluno para que haja um progresso e um proveito na disciplina que é estudada e nos exercícios que a gente pratica”, confidenciou a religiosa, que integra a Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena.

“Tudo é fruto de muitas aulas e de muito esforço. E também é uma oportunidade de ter contato com o público e de ir, aos poucos, tendo a capacidade de interagir e de perder o nervosismo”, complementou Irmã Simone.

Carlos Eduardo Rocha

Para Carlos Eduardo Rocha, 17 anos, que estuda violão clássico com o professor Geslaney Brito, a sensação de “nervosismo” pode ser diferente, já que ele participou de outro recital do CMM, em 2022. “Foi minha primeira experiência com palco e pessoas assistindo”, relembrou. Essa experiência inicial, segundo ele, serviu também para que, nas próximas vezes em que esteve num palco, pudesse se sentir mais à vontade. Ele voltou a tocar em público em duas ocasiões, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima e no próprio CMM. E, no recital deste ano, seu número foi uma execução de “Andantino”, do compositor e guitarrista italiano Matteo Carcassi (1792-1853). “A cada apresentação, a gente vê em quais pontos a gente melhorou, e vai reconhecendo também os pontos em que precisa melhorar mais”, analisou o estudante.